O velório comunitário dos quatro jovens encontrados mortos dentro de um carro da montadora BMW em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, começou na noite desta quarta-feira (3 de janeiro). A despedida, que conta com a presença de amigos e familiares das vítimas, ocorre no ginásio do Jóquei Clube, em Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais.
O velório comunitário dos quatro jovens encontrados mortos dentro de um carro BMW em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, começou na noite desta quarta-feira (3). A despedida ocorre no ginásio do Jóquei Clube, em Paracatu, Noroeste de Minas Gerais. A principal suspeita é de que… pic.twitter.com/kRxVRyCfdY
— O Tempo (@otempo) January 4, 2024
A principal suspeita é de que os jovens tenham sido intoxicados por monóxido de carbono, um gás tóxico liberado pelo próprio carro. A perícia identificou um vazamento entre o motor e o sistema de descarga do veículo, levando a substância para o interior do automóvel.
Os custos do translado dos corpos de Balneário Camboriú foram arcados pela Prefeitura de Paracatu. O município afirma ter gasto cerca de R$ 30 mil. "As famílias nos procuraram pedindo ajuda”, declarou o prefeito Igor Pereira Santos (DEM).
Quatro pessoas — Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Tiago de Lima Ribeiro, de 21, e Nicolas Kovaleski, de 16 anos — foram encontradas mortas dentro de um carro da montadora BMW que estava estacionado na rodoviária de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, na madrugada desta segunda-feira (1º), logo após a queima de fogos. As vítimas viveram em Paracatu, na região Noroeste de Minas Gerais.
Eles teriam ido à rodoviária buscar uma amiga — namorada de uma das vítimas —, que saiu de Minas Gerais para se encontrar com o grupo. Quando a moça chegou, ela encontrou os quatro passando mal. Estavam com ânsia de vômito e tontura.
A mulher conta que os amigos permaneceram dentro do carro, enquanto ela saiu para dar uma volta, esperando que eles melhorassem. Quando retornou, encontrou os quatro mortos. As vítimas teriam ficado cerca de quatro horas no carro, com o ar-condicionado ligado.
A intoxicação ocorre da seguinte forma: as moléculas de monóxido de carbono se ligam à hemoglobina (responsável pelo transporte de oxigênio do pulmão para os tecidos do corpo). Com isso, a circulação de ar é prejudicada, fazendo com que órgãos fiquem sem oxigênio. A consequência é a asfixia.
O monóxido de carbono é um subproduto da queima incompleta de combustíveis fósseis, como gasolina e diesel. Com isso, é liberado pelos veículos e pode representar um risco à saúde humana em caso de ausência de ventilação adequada. Túneis e estacionamentos cobertos são exemplos de lugares onde a concentração do produto pode ser maior.