Briga de Trânsito

Zema fala sobre morte de motorista de reboque por delegado em BH: 'Inaceitável'

Governador afirmou ainda que o caso será investigado com seriedade pela Corregedoria Geral da Polícia Civil

Por José Vítor Camilo
Publicado em 27 de julho de 2022 | 18:01
 
 
 
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Cerca de 24h após um delegado da Polícia Civil matar um homem de 48 anos com um tiro durante uma briga de trânsito em Belo Horizonte, o governador Romeu Zema (Novo) se manifestou sobre o ocorrido, no fim da tarde desta quarta-feira (27), chamando o episódio de "inaceitável". Mais cedo, a instituição policial do Estado divulgou que o policial acabou soltou após prestar depoimento

"É inaceitável que uma discussão de trânsito termine com o assassinato de uma pessoa. Me solidarizo com os familiares do motorista de reboque Anderson Cândido Melo, que nesse momento passam pela dor de uma perda irreparável. Esse caso de violência envolvendo um delegado da Policial Civil será apurado com seriedade pela Corregedoria Geral, tanto na esfera criminal, como no âmbito administrativo", disse o governador.

Zema ainda se comprometem com a "rigorosa apuração dos fatos" com o objetivo de que a Justiça possa decidir sobre a responsabilização criminal do delegado envolvido. 

"O Governo de Minas preza e trabalha para que a tolerância e o diálogo sempre prevaleçam. Trabalhamos continuamente em ações de treinamento e prevenção para reduzir a letalidade policial em Minas Gerais, que já é a menor entre os Estados. A grande maioria dos policiais de Minas atuam com profissionalismo e dentro da legalidade", finalizou o governador.

Relembre o caso

Anderson Cândido Melo foi morto na tarde de terça-feira (26), no Viaduto Oeste, no Complexo da Lagoinha. O delegado envolvido estava em uma viatura descaracterizada quando teria sido fechado pelo caminhão, o que deu início a uma discussão.

Após algum tempo, o policial teria atravessado a viatura na frente do reboque da vítima e efetuou um único disparo, que atingiu o pescoço do homem. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde passou por um procedimento cirurgico. No entanto, ele não resistiu e veio a óbito no local. A vítima deixa quatro filhos, sendo três meninas e um menino.

Ainda na tarde desta quarta, motoristas de caminhão reboque realizaram uma carreata em manifestação para cobrar que as autoridades investiguem devidamente o assassinato de Anderson Melo pelo policial. O corpo do motorista assassinado também foi liberado do IML de BH na tarde de quarta, quase 24h depois da morte. 

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