Precaução

Da Pampulha ao Barreiro: como regiões de BH têm reagido ao isolamento social

Medida é a principal atitude para conter o avanço do coronavírus

Por Isabelly Morais
Publicado em 26 de março de 2020 | 16:09
 
 
 
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O alto fluxo de pessoas no centro de Belo Horizonte deu lugar a ruas vazias e a uma calmaria incomum para dias de semana. O isolamento social fez diminuir consideravelmente o volume de pessoas fora de suas casas, o que se refletiu também na quantidade de lixo nas ruas. A área central da capital mineira, inclusive, tem ficado bastante limpa, algo pouco costumeiro por ser muito movimentada todos os dias.

Consultada, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) informou que deve divulgar na próxima semana um balanço da varrição nas ruas da capital. No entanto, a percepção visual do centro de BH já revela que o volume de lixo é menor. Quanto à coleta domiciliar, o período entre 16 e 21 de março registrou 169,39 toneladas a menos em relação ao período entre 9 e 14 do mês, segundo a SLU.

Centro tranquilo

O ritmo frenético do centro de BH deu uma trégua com as orientações dos órgãos de saúde sobre evitar aglomerações. Na praça Sete, poucos carros passam pelo cruzamento da avenida Amazonas com a Afonso Pena, que, inclusive, segue bastante tranquila em toda a sua extensão. Na manhã desta quinta (26), a reportagem visitou algumas regiões da capital para observar o comportamento de algumas pessoas nas ruas de BH.

Espírito Santo, Santos Dumont, Caetés e Guaicurus são algumas das ruas que diariamente são tomadas pelas pessoas na área central, mas que têm registrado pouco movimento, especialmente em pontos de ônibus. Ainda assim, sem grandes aglomerações.

A região hospitalar tem um registro maior de movimentação que outros lugares, mas menor que em dias normais para os seus próprios índices. Isso porque outra orientação é que as pessoas evitem ao máximo buscar atendimento médico, apenas em casos extremos. Além de o sistema de saúde estar com um olhar especial para a pandemia do coronavírus, centros de saúde e unidades hospitalares são lugares com alto risco de contaminação da Covid-19.

Barreiro parado

No Barreiro, o principal centro comercial da região está completamente fechado. Na semana passada, o governo de Minas Gerais instituiu um decreto de calamidade pública que restringiu o funcionamento dos estabelecimentos em todo o Estado. Isso incluiu a proibição de abertura de centros comerciais e galerias de loja para conter aglomerações. 

Além do centro comercial, outros estabelecimentos do Barreiro estavam fechados, em consonância com o decreto. Os abertos, observados pela reportagem, eram aqueles dos chamados "serviços essenciais à população", como supermercados, farmácias, açougues e sacolões. Alguns, como lojas de construção, atenderam na porta, sem possibilidade de as pessoas entrarem.

Atividades físicas na Pampulha

O decreto do governo de Minas Gerais incluiu clubes e academias de ginástica. Com isso, há aqueles que têm deixado suas casas para realizar atividades físicas na rua, mesmo com a orientação do isolamento social. Foi o caso observado na região da Pampulha. 

Algumas pessoas foram vistas caminhando ao redor da lagoa, mas ainda assim um número menor que em dias comuns. A praça Geralda Damata Pimentel, conhecida como praça da Pampulha, estava vazia, mas algumas pessoas praticavam exercícios na academia da cidade próximo à praça. Isso, inclusive, também foi observado no Barreiro e em outras regiões por onde a reportagem passou não só nesta quinta-feira, como em outros dias.
 

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