Com a recomendação do Ministério da Saúde de uso de máscara caseira por toda a população, muitas pessoas estão apostando na produção desses itens para garantir uma renda neste momento de crise e contribuir para a prevenção do coronavírus. Porém, mais do que um equipamento de proteção, as máscaras também podem ser estilosas e personalizadas, com estampas e modelos para todos os gostos.

De olho nessa tendência, a costureira Eva Maria da Conceição, de 56 anos, que trabalha com confecção de fantasias, roupas de época e de cosplay há cerca de sete anos em Belo Horizonte, passou a produzir máscaras caseiras com estampas com a temática nerd nesta semana, em parceria com uma loja de presentes personalizados chamada Persona-8. Em apenas quatro dias, ela recebeu mais de 200 pedidos. Entre as estampas preferidas estão as relacionadas a personagens de desenhos, como Pikachu. A máscara de rosas vermelhas com pequenas caveiras faz sucesso entre as mulheres.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Nós publicamos aqui ontem algumas das máscaras produzidas pela costureira Eva Maria, que tem feito os acessórios de proteção de uma maneira divertida. E hoje nós contamos um pouco da história dela 🤗 . . Em apenas quatro dias, ela recebeu mais de 200 pedidos. Entre as estampas preferidas, estão as relacionadas a personagens de desenhos, como Pikachu. A máscara de rosas vermelhas com pequenas caveiras faz sucesso entre as mulheres. 🌹 . . "De certa maneira, isso ajuda a quebrar um pouco a angústia que todo mundo está passando, de ser obrigado a usar máscara, não poder abraçar ninguém nem chegar perto dos outros. Com essas máscaras, as coisas podem ficar um pouco mais divertidas e leves", conta Eva, que trabalha em um ateliê em casa. "Nós temos em torno de 80 modelos de mostruário, e, se o pessoal pede alguma coisa diferente, fazemos também", diz. 😍 . . Assista e leia a matéria completa de Rafaela Mansur (@rafammansur) no link da bio. . . #mascara #coronavírus #criatividade #inspiração

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"De certa maneira, isso ajuda a quebrar um pouco a angústia que todo mundo está passando, de ser obrigado a usar máscara, não poder abraçar ninguém nem chegar perto dos outros. Com essas máscaras, as coisas podem ficar um pouco mais divertidas e leves", conta Eva, que trabalha em um ateliê em casa. "Nós temos em torno de 80 modelos de mostruário e, se o pessoal pede alguma coisa diferente, fazemos também", diz.

As máscaras possuem uma primeira camada de microfibra 100% poliéster e forro duplo de TNT. As peças estampadas saem por R$ 14 cada, mas, em caso de compras de volumes maiores, o valor pode chegar a R$ 10.

De acordo com o Ministério da Saúde, pesquisas têm apontado que a utilização de máscaras caseiras pode impedir a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca no ambiente. Em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, o uso de máscaras se tornou obrigatório a partir desta quinta-feira (16). Em Santa Luzia, na mesma região, a obrigatoriedade começa a valer nesta sexta-feira (17). Em Betim, os moradores também terão de usar máscara a partir da próxima semana.

Na capital, o decreto que determina a utilização de máscaras nas ruas foi publicado nesta sexta-feira (17).

A autônoma Cristina César da Silva, de 45 anos, trabalha com bordados de uniformes para empresas e escolas e, com as medidas de isolamento impostas devido à pandemia, ficou sem renda e precisou se reinventar: veio a ideia, então, de produzir máscaras caseiras. Cada unidade é vendida por R$ 5, e os pedidos chegam a 50 por dia.

As máscaras de caveira são as campeãs de vendas. "O momento é de tensão, sofrimento e incerteza. Quero fazer máscaras com estampa bem-humorada, divertida, para que a gente possa tentar levar esse período, na medida do possível, com mais leveza". O irmão de Cristina, que também é autônomo, é responsável pelas estampas, e a costura é terceirizada. As máscaras são feitas com malha 100% viscose e malha PV. 

A marca Mitou Camisetas, criada em Belo Horizonte, normalmente vende moletons e camisetas, mas, nesta semana, começou a comercializar máscaras com estampas variadas, que incluem memes da internet e frases divertidas, como "Tô rindo, mas de máscara" e "Fica longe de mim!". As vendas da loja nesta semana já são 50% maiores do que na semana passada.

"A gente quis fazer alo diferente para fugir do convencional, uma coisa mais lúdica para as pessoas terem motivo para rir nesse momento. O pessoal comprou bem a ideia", conta o sócio da marca, Vinicius Fonseca. As vendas são realizadas pela loja online, e, a cada cinco máscaras vendidas, a marca doa uma para o Hospital Paulo de Tarso, na capital.

A professora Kênia Rúbia Muniz dos Santos, de 36 anos, comprou máscaras estampadas para ela, o marido e os três filhos. Os meninos, de 11 e 12 anos, escolheram se proteger com o Coringa, e a pequena, de 3 anos, com o personagem Pocoyo. "A gente só tem saído de casa para ir ao supermercado, geralmente um fica no carro com os filhos, e o outro desce, mas, mesmo no carro, a gente usa as máscaras para se prevenir", conta Kênia. "Como a estampa é diferente, eles se sentem especiais, ficam olhando encantados", diz.

O motorista de aplicativo Bruno Silva, de 38 anos, comprou duas máscaras para se proteger contra o coronavírus: uma com estampa camuflada e a outra com desenho de caveira. "Escolhi essas duas por serem diferentes das convencionais. Uso sempre que saio para trabalhar e fazer compras. Me sinto mais protegido assim. Também uso álcool em gel o tempo todo e, quando estou em casa, lavo as mãos", afirma Silva.

As máscaras caseiras devem ser lavadas após o uso e descartadas quando apresentarem sinais de deterioração. A utilização do item, no entanto, não exclui a necessidade de adoção de outras medidas de prevenção, como lavar as mãos com frequência e manter o distanciamento social.