O Campeonato Brasileiro Feminino, em suas séries A1 e A2, está parado desde o dia 15 de março. Sem poder atuar dentro das quatro linhas, porém, atletas têm brilhado para além dos campos. Um simples tweet da lateral-esquerda Mariana Dantas, que esteve no Cruzeiro em 2019 e atualmente defende o Flamengo, foi suficiente para que uma rede de solidariedade se estabelecesse. A campanha #JogaJuntoFF pretende recolher doações para o Sistema Único de Saúde (SUS), com sorteios de camisas da modalidade em contrapartida.

"Entrei no Twitter e vi jogadores postando que se tal participante fosse eliminado no Big Brother Brasil, eles sorteariam camisas. Por outro lado, vi pessoas fazendo boas doações. Foi aí que pensei que no futebol feminino não ganhamos altos salários, mas temos camisas para sortear. Nisso pensei na ideia de juntar os dois, fazendo um movimento para doações pelo coronavírus", conta Dantas.

 

 

Tudo aconteceu muito rápido. A jogadora fez o post na manhã desta segunda (30) e, já no fim do dia, o movimento tem páginas nas redes sociais e links para doações. Quem quiser ajudar e optar pela 'Vakinha online', pode acessar este link. Já no PicPay, basta procurar por @jogajuntoff, mesmo user das páginas no Twitter e no Instagram.

Assim que for batendo determinadas metas, a campanha vai sorteando camisas pelas redes sociais para aqueles que contribuíram. A ideia é ajudar o SUS inicialmente, mas o movimento pretende expandir para famílias carentes e pessoas que necessidades de produtos básicos nestes tempos de pandemia.

 

Segundo Dantas, atletas e assessorias de vários clubes de futebol feminino no país já entraram em contato para doar camisas, além de outras modalidades, como futsal e fut7. O movimento vai receber, em breve, camisas das seleções femininas do Brasil e do Equador, esta comandada por Emily Lima, brasileira e que também já comandou a Canarinho. 

No post de Dantas, jogadoras com Pires e Micaelly, do Cruzeiro, 
Guedes, do Atlético, Andressa Alves, da Roma (ITA), Ary Borges e Bia Zaneratto, do Palmeiras, Victoria Albiquerque e Gabi Nunes, do Corinthians e Kemelli e Bruna Benites, do Internacional, interagiram com o movimento. O tweet viralizou com amantes da modalidade.

"Fiquei feliz porque a gente vê como tem uma modalidade unida. Como temos algo muito maior que adversários. É uma causa que juntou o futebol feminino. Não é um movimento de clube, é um movimento da modalidade, que nós atletas começamos. Se não fosse elas, que começaram a comentar que topariam, não teria esse impacto tão grande. É como fazer um gol em fim de campeonato. Ver o quão lindo é a atitude de uma modalidade inteira junta", pondera Dantas.