Atualização

Ministério da Saúde confirma 60 casos de coronavírus, mas número real é maior

Segundo pasta, há atrasos na atualização de tabela oficial; nesta sexta-feira (13), haverá reunião com Secretarias de Estado de Saúde para alinhar ações de enfrentamento

Por Rafaela Mansur
Publicado em 12 de março de 2020 | 12:00
 
 
 
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O Ministério da Saúde confirmou, na manhã desta quinta-feira (12), 60 casos de coronavírus no Brasil, mas, segundo a pasta, esse número deve crescer ao longo do dia. Um dia antes, o Ministério tinha confirmado 52 casos. Na quarta-feira (11), o Hosptal Albert Einstein, em São Paulo, chegou a confirmar 16 novos casos, e a Bahia, mais um, totalizando 69 ocorrências, mas nem todas foram computadas na plataforma do governo. Segundo a pasta, há 930 casos suspeitos e 947 descartados. 

Na região Norte, são 11 casos suspeitos e nenhum confirmado; no Nordeste, 138 casos suspeitos e três confirmados; no Sul, 178 casos suspeitos e dez confirmados; no Centro-Oeste, 113 casos suspeitos e dois confirmados; e no Sudeste, 490 casos suspeitos e 45 confirmados, sendo 30 em São Paulo, 13 no Rio de Janeiro, um no Espírito Santo e um em Minas Gerais, segundo a pasta.

"É natural que esses casos ao longo do dia sejam confirmados e atualizados. A planilha do caso confirmado no laboratório privado é enviada para a Secretaria Estadual, que atualiza o caso notificado por eles no sistema. Por isso, há esse atraso entre o resultado e a atualização da tabela", explica o secretário de vigilância de saúde, Wanderson Kleber de Oliveira.

Segundo ele, laboratórios de todos os Estados do país serão capacitados para a realização de exames de coronavírus. "Entre essa semana e a próxima, teremos vários laboratórios realizando os testes simultaneamente", afirmou.

De acordo com Oliveira, na manhã de sexta-feira (13), serão realizadas reuniões com as secretarias estaduais de saúde para alinhar ações de enfrentamento ao vírus. "Estamos a uma semana do outono, que começa no dia 20 de março. Temos um plano para o período outono/inverno, e amanhã apresentaremos uma série de medidas que traduzem o que a gente chama de medidas não farmacológicas, que estimulam atividades para reduzir conato e fluxo em determinadas condições", afirmou, sem dar detalhes.

"Cada coisa tem que ser a seu tempo, não podemos fazer as medidas de forma intempestiva, porque ainda não temos transmissão comunitária no Brasil", explicou o secretário.

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