Os 3950 casos de Covid-19 em Minas Gerais confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta quinta-feira (14) podem estar abaixo do número real de infectados, de acordo com estudo da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal de Ouro Preto. A pesquisa aponta que a quantidade de pacientes pode ser 16,5 vezes maior que a divulgada, por causa do número atual de testagens feitas no Estado.
O secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse que os testes são levados em conta ao lado de outras métricas. "Eu vejo muitas pessoas focando na testagem como se ela fosse a unica forma de monitoramento que está acontecendo em relação à pandemia. Nós temos uma avaliação multimodal e dentro dela temos a testagem. Focar somente na testagem é ter uma visao miope", explica.
Para o secretário, o trabalho do Estado no combate à pandemia é "razoável" e nega que a secretaria esteja "comemorando" os índices de infecção. "Eu não sei se falaria que estamos comemorando, estamos fazendo um trabalho adequado, como deveríamos fazer", afirma.
O principal método de análise da proliferação do coronavírus em Minas Gerais, de acordo com o secretário, é o monitoramento dos leitos ociosos em hospitais municipais e estaduais. "Esse monitoramento é bastante confiável porque fazemos a regulação há bastante tempo no Estado, temos equipe treinada. E neste momento não há aumento significativo da Covid -19", diz.