O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repercutiu na tarde desta terça-feira (5) a divulgação na íntegra do depoimento de oito horas do ex-ministro Sérgio Moro à Polícia Federal.
Bolsonaro fez questão de ressaltar que o ex-juiz da Lava Jato não trouxe nenhuma prova de que ele tenha cometido qualquer crime ou interferência na troca de comando da Polícia Federal.
"Vou ler com atenção as dez páginas do depoimento para entender melhor as acusaçoes dele, mas pelo o que sei, em momento algum, ele disse que eu cometi crime", disse o presidente.
"O Rio é meu Estado"
Sobre a mudança na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, citada por Moro em seu depoimento, Bolsonaro disse que a imprensa tem forçado a barra e voltou a negar estar praticando interferências na Polícia Federal para acobertar ele ou os filhos.
"O Rio é o meu estado, o Rio é o meu estado. Vamos lá. O caso do porteiro. Eu fui acusado de tentar matar a Marielle, quer algo mais grave? Quem quer que seja, o presidente da República ser acusado de assassinato? A Polícia Federal tem que investigar, por que não investigou com profundidade?", disse o presidente.
"Assumiu, no dia de ontem, o novo diretor-geral da PF, e eu que nomeio de acordo com a lei um cargo como esse. Agora, nosso novo chefe da PF (Rolando de Souza) convidou o antigo superintendente da PF no Rio (o Carlos Henrique Oliveira) para ser diretor-executivo. Então, como que agora me acusam de convidar o que seria um desafeto meu para ser o 02 da PF?" questionou Bolsonaro.
"E digo mais, nem eu ou meus filhos respondem processos juntos à PF. Não estamos sendo investigados pela PF. Eles não estão sendo investigados. Isso é fácil saber. É mentira em cima de mentira", criticou o presidente.