Ex-detento

"Poder Paralelo" discute falhas do sistema carcerário

Redação O Tempo


Publicado em 08 de fevereiro de 2010 | 20:32
 
 
 
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São Paulo. Na ficção, Sacha Bali discute um assunto real. Arthur, seu personagem na novela "Poder Paralelo’’, da Record, é um ex-presidiário que luta para recomeçar a vida depois de passar cinco anos na prisão, por latrocínio (roubo seguido de morte). O recomeço, no entanto, não tem sido fácil. O rapaz encontra somente portas fechadas desde que conquistou a liberdade.

A função do enredo, acredita Bali, é discutir as falhas do sistema carcerário. "O cara é condenado, paga pelo crime que cometeu, mas não consegue uma nova chance na sociedade. A pergunta é: de quem é a culpa? É difícil culpar alguém’’, afirma. "A falha começa lá atrás, quando ele não encontrou uma alternativa além do crime. Então passa pelo presídio, que não recupera ninguém e acaba funcionando como uma escola do crime. E chega à sociedade, que tem medo, muitas vezes com razão, desse desconhecido’’, completa o ator.

Sacha buscou inspiração na música para compor o personagem. "Gosto de rap desde a adolescência, e esse assunto é frequente nas músicas que escuto. Essa história está em canções como ‘Diário de um Detento’ e ‘Fórmula Mágica da Paz’ (ambas do Racionais MC’s)’’, revela o artista, que ainda viu cerca de dez filmes, entre eles, "Carandiru’’, "O Invasor’’ e "21 Gramas’’, para ficar mais próximo do universo do personagem.

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