Será ‘His Dark Materials’, aposta da HBO, o novo ‘Game of Thrones'?

Quando uma série querida encontra seu desfecho, os fãs tentam encontrar uma substituta. E, geralmente, muitas atrações aparecem para tentar conquistar os “órfãos”. O problema é que essa tarefa não é simples e o rótulo pesa. Então, encarar “His Dark Materials” como o novo “Game of Thrones” é algo perigoso e até injusto. Afinal, a comparação de “Fringe” com “Arquivo X” e de “FlashForward” com “Lost” matou duas boas séries que nasceram sob esses rótulos.
“His Dark Materials” começa bem, mas mostra que não vai preencher o espaço deixado por Daenerys e seus dragões. Tem outra “vibe”, mais para “As Crônicas de Nárnia”, sem a violência de “GoT” e os bons ganchos para prender o espectador. Quem não se lembra do fim do primeiro capítulo de “GoT”, com Bran sendo jogado da torre por Jaime? 

Na nova trama da HBO, o espectador acompanha a menina Lyra (Dafne Keen), órfã que é deixada na Universidade de Oxford, onde é criada. Quando seu tio Lord Asriel (James McAvoy) aparece no local com uma revelação sobre um tal Pó, sua vida passa a correr perigo, pois a informação é considerada heresia. Asriel parte para o Norte em busca de detalhes sobre o Pó. Neste tempo, Lyra fica aos cuidados de Mrs. Coulter (Ruth Wilson), uma mulher cujas intenções não são reveladas – mas parece não ser boa companhia para a garota. As duas vão a Londres e, antes de partir, Lyra ganha um “aletiômetro”, equipamento proibido que diz sempre a verdade. 

Do lado de fora dos portões da universidade, os Gípcios, moradores da vila, vivem um drama após o desaparecimento de uma criança durante o rito de passagem de seu irmão mais velho. Neste mundo, cada pessoa convive com um daemon, um ser sagrado, que toma a forma de vários animais. Quando um daemon de um adolescente para de se transmutar e define uma forma, o jovem é considerado adulto.

A série é baseada na trilogia escrita por Philip Pullman e composta por “A Bússola de Ouro”, “A Faca Sutil” e “A Luneta Âmbar”.