Uma narrativa em torno do encontro de duas pessoas que se apaixonam – e que, como costuma acontecer nestas situações, passam por todos os desafios e medos que um amor pode representar. Essa é, em síntese, a definição do tríptico musical proposto pelo ator e cantor Paulo Ho,  que tem o start com “Brutal vol. 1”, já nas plataformas digitais. Os outros capítulos, “Brutal vol. 2” e “Brutal vol. 3”, devem ser lançados ainda este ano, formando, ao fim, um álbum de dez faixas.
 
 “Resolvi dividir o disco em três por adorar trilogias e porque, nesse trabalho, conto uma história que fala muito sobre paixão. Mas queria criar a narrativa no momento presente, ao longo do tempo, enquanto  for pensando sobre essa história. Me pareceu divertido ir criando e soltando a narrativa ao longo do ano”, conta ele, acrescentando que cada a EP deverá contabilizar três faixas. “Pode até ser que  mude, pois nem todas as letras existem ainda. No momento, estou escrevendo e gravando o volume 2”, explica.
 
No caso do primeiro, o single é “Sinastria”, que tem a participação de Letrux na voz e na composição, junto a Paulo e Pedro Sodré. “Eu e Letícia (Novaes) somos amigos há quase duas décadas, já fizemos trabalhos juntos, mas ainda não tínhamos nada registrado. Quando estava escrevendo as letras do EP, conversando com os outros autores, acabamos falando de astrologia, de como isso influencia as relações amorosas, já que, quando conhecemos alguém, acabamos levando isso em conta. Logo veio a vontade de colocar aspectos dos mapas astrais das personagens do disco numa das músicas. E imediatamente me veio a ideia de chamar a Letícia, que é super ligada no assunto”, conta. Os dois fizeram a letra, ela pôs a voz e participou do clipe. “Achei muito interessante o resultado. Me encanta o jeito que ela usa as palavras, cantando e falando”.
 
“Caramujinho” e “Ridicularizados” são as faixas  que completam “Brutal vol. 1”. O EP ainda conta com participações dos artistas Gabriel Perelo, Mariana Volker e Thiago Vivas.
 
O título, vale lembrar, foi pinçado da a expressão “pasión brutal”, que aparece em uma das letras. “Estava me referindo ao sentimento brutal que me arrebatou quando me apaixonei. O nome me pareceu representar bem não só a temática do disco, como  potência de sua sonoridade latina e explosiva. Também  remete a uma coisa meio novela mexicana,  que adoro, já que as músicas têm um tom bem-humorado”, analisa.
 
Os ritmos latinos, aliás, dão o tom do trabalho. “Me dei conta de que gosto muito de dançar reggaeton, salsa... e de que amo ouvir boleros. Era uma coisa que fazia bem organicamente, mas nunca tinha pensado em criar em cima disso – talvez por achar que não tinha competência. Mas  me desapeguei dessa pressão e resolvi me divertir. Acaba que está saindo um trabalho baseado nesses ritmos, mas com minha cara”.