Um clássico de Gonzaguinha (1945-1991) é uma das dicas da atriz Teuda Bara, 78, para encarar esse momento difícil, que ela chama de “pandemonia”, numa junção até então inédita das palavras “pandemônio” e “pandemia”. Ao telefone, ela cantarola os versos de “O Que É, O Que É?”: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza de ser um eterno aprendiz”. 

“Estamos nessa luta, mas temos que tentar levar a vida pra frente”, acredita Teuda. Ela conta que estava em plena atividade quando a epidemia do novo coronavírus tomou conta do país. 

A rotina de ensaios para o novo espetáculo do Grupo Galpão, baseado em autores contemporâneos e que estava com estreia prevista para o Festival de Curitiba neste mês de março, teve que ser alterada. “Estamos todos em casa, na modernidade, lendo os poemas e conversando pelo celular”, informa Teuda que, apesar dos pesares, segue concentrada nesse trabalho.

Há a ideia de disponibilizar algumas declamações nas redes sociais, com obras de nomes como Bruno Brum. Teuda aproveita a deixa para indicar que as pessoas usem os momentos em casa para lerem poesia. “Há vários poetas maravilhosos daqui de BH”, elogia. 

Aproveitamos para indicar uma lista de poetas da cidade de Belo Horizonte e seus livros:

Adriana Garcia - "Garrafas ao Mar", Editora Penalux

Jovino Machado - "Fratura Exposta", Editora Anome Livros

Ana Martins Marques - "Da Arte das Armadilhas", Cia. das Letras (kindle)

Ricardo Aleixo - "Pesado Demais para a Ventania: Antologia Poética",  Editora Todavia )

Ana Elisa Ribeiro - "Álbum", Editora 

Maria Esther Maciel - "O Livro de Zenóbia", Editora Travessa