Reggae music

The Wailers revive o legado, a força e a poesia de Bob Marley em BH

Nesta quinta (25), banda parceira de Marley em discos e shows históricos levará ao palco do Palácio das Artes sucessos do jamaicano e canções do álbum mais recente do grupo

Por Bruno Mateus | @eubrunomateus
Publicado em 24 de agosto de 2022 | 16:19
 
 
 
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Fundada por Bob Marley nos anos 1960 e parceira em shows e discos antológicos do cantor e compositor jamaicano, um dos artistas mais influentes da música em todos os tempos, a banda The Wailers, cuja formação mudou algumas vezes ao longo das últimas décadas, mantém vivo o legado da lenda do reggae em shows e turnês que atravessam continentes. Nesta quinta-feira (25), o grupo aterrissa em Belo Horizonte para uma única apresentação no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537 - Centro), às 21h. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo site Eventim. Os valores variam entre R$ 180 e R$ 260, e há meia-entrada para todos os setores.

Antes da capital mineira, a “One World Tour 2022” passou por Porto Alegre, Curitiba e quatro cidades de Santa Catarina - Bombinhas, Penha, Criciúma e Florianópolis. Os Wailers, liderados por Aston Barrett Jr., filho do lendário baixista Aston "Family Man" Barrett e sobrinho de Carlton "Carly" Barrett, baterista original do grupo, ainda seguem para Londrina, Maringá e São Paulo.

Os vocais ficam por conta de Mitchell Brunings, que entrou para a banda no fim de 2020, mas, por conta da pandemia, só começou a excursionar com os Wailers em janeiro deste ano. Brunings ficou conhecido após sua participação no “The Voice” da Holanda viralizar. Sua performance de “Redemption Song” recebeu elogios da família Marley. “Acredito que isso abriu algumas portas. Conheci a banda em um festival na Holanda e tive a sorte de cantar duas músicas com eles. Talvez isso também tenha ajudado”, comenta Brunings em entrevista a O TEMPO.

No show de BH, o público ouvirá um repertório que mescla os grandes sucessos de Bob Marley - e aqui estamos falando de “I Shot the Sheriff”, “One Love”, “Could You Be Loved”, “Get Up, Stand Up”, “Jamming”, “Is This Love”, “Buffalo Soldier”, "Waiting in Vain” e outras - com canções do disco “One World”, primeiro trabalho autoral dos Wailers em 25 anos. O álbum foi indicado ao Grammy, em 2021, na categoria Melhor Álbum de Reggae.

“Trazemos o som e a sensação dos Wailers originais. Uma mensagem de paz, amor e compreensão envolta no reggae”, comenta Mitchell Brunings, que completa, sobre novas músicas da banda serem interpretadas em BH: “Podemos ter uma supresa ou duas”.

Para o vocalista, empunhar o microfone dos Wailers, que um dia foi - e sempre será - de Bob Marley, é uma grande responsabilidade, mas que não pode ser encarada como uma substituição a Marley. Brunings rechaça ser “a voz de Bob Marley” ao assumir os vocais da banda. “Essa é uma missão impossível. Tudo o que posso fazer é cantar suas músicas do meu próprio coração e alma e esperar que eu faça justiça a esse legado. É impossível igualar uma lenda como Robert Marley. Honrá-lo através de suas músicas é tudo o que posso fazer”, pontua o cantor.

Responsável por popularizar a música, o discurso e a cultura reggae pelos cinco continentes, Robert Nesta Marley ainda está presente nos acordes e nas palavras dos Wailers. Mitchell Brunings se inspira na mensagem e na visão de mundo que Marley cantou em suas canções. Nada de imitar trejeitos, danças e gestos característicos do jamaicano que mudou a história da ilha da América Central: “Ouço as músicas dele desde quando eu era garoto. Não tento imitá-lo, deixo a música fluir e me  mexo do jeito que meu corpo pede. Se isso lembra Marley, bem, é um grande elogio”.

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