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Virada Cultural: Daniela Mercury agita BH com discurso pela diversidade

Evento também contou com show da banda Chama o Síndico com participação da carioca Fernanda Abreu

Por Lorena K.Martins
Publicado em 21 de julho de 2019 | 08:28
 
 
 
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Mais de 400 atrações são realizadas em 24 horas seguidas de Virada Cultural, evento que ocupa o hipercentro da capital mineira até às 19h deste domingo (21).  

Para marcar o início madrugada do evento, a baiana Daniela Mercury se apresentou, na praça da Estação, com o seu show “Proibido o Carnaval”. Com troca de figurino e bailarinos, a cantora não só apresentou seu repertório animado e totalmente coreografado, mas falou sobre a diversidade e deu voz à população LGBTQ em discursos e também pelas canções totalmente engajadas. 

“Existem famílias maravilhosas compostas por duas mães, dois homens, dois transexuais... A gente precisa de um País que nos acolha. Tenho cinco filhos e a minha filha mais nova, de nove anos, merece ter o nome das duas mães na carteira da identidade. Não é porque sou esposa de uma mulher que eu quero ocupar o lugar de um homem. Respeite as nossas famílias e acolham a todos com a diversidade também sexual”, disse a cantora.

Casadas há seis anos, Daniela Mercury e Malu Verçosa têm juntas três filhas adotivas. 

Daniela Mercury também cantou “Paraíba Mulher Macho”, de Luiz Gonzaga, e homenageia povo nordestino. No fim da apresentação, convidou a sambista mineira Aline Calixto para cantar no palco, homenageou o bloco carnavalesco Sagrada Profana, que defende igualdade e direitos para as mulheres, com quem prometeu fazer parcerias musicais futuramente. A baiana também elogiou o Carnaval de BH, disse que é um dos maiores do País e ainda pediu para ser chamada para cantar na próxima edição.

Outras atrações

O circuito foi também a escolha para que a banda Chama o Síndico, fruto do bloco carnavalesco de mesmo nome, lançasse, em show na praça da Estação, o seu primeiro álbum autoral batizado de “Um Dia eu Chego lá”.

A banda que é uma das atrações mais cobiçadas durante o Carnaval em BH, só se apresentava com sucessos de Tim Maia e Jorge Ben e, agora, inclui também em seu repertório, músicas autorais com a mesma pegada de seus ídolos. A cantora Fernanda Abreu fez participação especial no show e elogiou a parceria com os músicos no palco.

O rapper Djonga encerra a Virada neste domingo, às 19h, com músicas do disco “Ladrão” e promete ser um dos shows mais aguardados do evento e pode quebrar recorde de público.

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