A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) reagiu, nesta sexta-feira (20), ao possível aumento do preço das passagens de ônibus do transporte coletivo em Belo Horizonte. Após a prefeitura não descartar um reajuste na tarifa, atualmente em R$ 5,25, até o final deste ano, a entidade pediu que seja feito um aviso prévio de 30 dias. 

Em nota, a CDL informou que enviou um ofício ao Executivo, solicitando informações sobre o reajuste para o próximo ano. No documento, os lojistas também defenderam que sejam discutidas outras alternativas “sem onerar ainda mais a população e o setor produtivo”.

O presidente da CDL, Marcelo de Souza e Silva, informou que o aumento da tarifa de ônibus, neste momento, é negativo e pode gerar reflexos desfavoráveis, desestimulando o consumo no comércio, pressionando ainda mais os orçamentos das famílias e prejudicando a mobilidade urbana, especialmente para os trabalhadores que dependem do transporte público para suas atividades. 

“Defendemos que sejam discutidas outras alternativas sem onerar ainda mais a população e o setor produtivo”, argumentou Souza e Silva. Para a CDL/BH, quando as alterações tarifárias são feitas de forma repentina, sem a devida comunicação prévia, impactam o planejamento financeiro das empresas que arcam com os custos do vale-transporte de seus colaboradores. 

“A inesperada mudança de valor do carregamento dos cartões exige uma reorganização financeira imediata e não planejada, causando transtornos e dificuldades para as empresas de comércio e serviços”, explicou o presidente da CDL/BH. “Essa medida permitirá que tanto a população quanto as empresas possam se preparar de maneira adequada e evitar surpresas financeiras aos negócios. Ressaltamos que um ambiente previsível é essencial para o bom funcionamento das atividades comerciais e de serviços”, completou.

Reajuste 

As tarifas de ônibus da capital mineira podem sofrer reajustes antes do final do ano. Mesmo não confirmando a alteração, o Superintendente de Mobilidade Urbana (Sumob), André Dantas, não descartou a possibilidade de aumento no bilhete que hoje custa R$ 5,25. A informação foi dada nesta terça-feira (17) durante um balanço de ações apresentado pela Sumob.

“Reajuste na tarifa é uma decisão que ainda está em andamento, nós temos um prazo até o final do ano para avaliar os cenários, avaliar o que aconteceu em 2024, os estudos ainda não estão concluídos, e, quem falar que vai ter ou não vai ter reajuste de tarifa hoje, não está falando a verdade. Obviamente, com a não isenção do ISSQN, nós adicionamos um custo desnecessário para o sistema”, disse.