Em 2020, no início da pandemia, o advogado André Santos Parreiras, de 39 anos, ficou desempregado. Sem trabalho, ele começou a fazer comida em casa e um dia se arriscou no preparo de pastéis de angu, para a sua esposa, que há sete anos se descobriu celíaca. Feitos à base de fubá, originalmente a iguaria é sem glúten.
Os pastéis foram tão elogiados que ele começou a fazer para vender no prédio, em feirinhas, em cervejarias… Até que em janeiro do ano passado ele viu que não conseguia mais produzir na própria casa e montou a Pastel do Moinho, fábrica e loja no Mercado Novo, na região central de Belo Horizonte. Em um ano, as vendas aumentaram em 70%.
O investimento inicial do negócio foi de R$ 30 mil, valor gasto com maquinário novo, freezer, geladeira, bancada e utensílios, como tábuas e panelas. Todo o ambiente é controlado por André para não haver contaminação cruzada.
“O público não é só celíaco. Como o pastel de angu é muito típico do Estado e o Mercado Novo é um ponto turístico, as pessoas vêm”, conta André.
No Pastel do Moinho há nove sabores de pastéis, como carne, frango com catupiry, jiló com bacon, queijo, alho poró com catupiry e ragu de costelinha, o de maior sucesso. Aos veganos e celíacos ainda existe a opção de recheio de quiabo. Cada porção com seis unidades sai a R$ 31. Os pacotes congelados, a depender do sabor, podem sair entre R$ 10 e R$ 25.
A loja conta ainda com opções de cerveja sem glúten e, aos fins de semana, André tem estendido o horário de atendimento até às 21h, para receber clientes que queiram estender o happy hour. “Praticamente não tem nenhum lugar à noite para o celíaco comer”, lembra André.