A nova fronteira da inteligência artificial (IA) é a IA generativa, capaz de gerar novos conteúdos a partir de bancos de dados gigantescos — como o ChatGPT, que produz textos a partir de incontáveis informações. Mas para o que as empresas estão efetivamente utilizando esse tipo de tecnologia? Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (25/06) pelo Google dá algumas pistas.
O Google ouviu startups brasileiras que produzem soluções de IA — a maioria dessas startups, 71%, vendem para outros negócios, e não para o consumidor final. O levantamento compilou quais são os principais usos da IA generativa nas empresas e descobriu que ela é utilizada para:
- encontrar informações complexas de diversos assuntos em várias fontes diferentes e sintetizar as descobertas (62%);
- consultar informações para obter respostas de uma fonte de dados interna (57%);
- recomendar melhores ações personalizadas de produto/conteúdo/anexo a partir de uma base (54%);
- ajudar na automatização de coleta de informações e formular recomendações de processos comerciais recorrentes (52%);
- completar e aprimorar códigos para tornar a equipe mais eficiente e eficaz (51%);
- capacitar as equipes de criação e criar imagens e conteúdo criativo sob medida para campanhas e conteúdo editorial (49%).
A ampliação da tecnologia é freada pela dificuldade em obter capital — resposta de 25% dos entrevistados, que disseram não ter orçamento específico para isso. Além da necessidade de investimentos, inclusive públicos, elas também cobram regulamentação do uso da IA generativa: 83% acreditam que isso é necessário, porém divergem sobre quais seriam as melhores formas para isso. O relatório completo foi disponibilizado pelo Google.