Com tantos casais apenas de passagem pela Feira Hippie neste domingo (9 de junho), que antecede o Dia dos Namorados, alguns feirantes notaram vendas inferiores aos anos anteriores. A tradicional Feira da cidade é uma opção de lazer e compras para quem quer unir os dois momentos em um lugar só.
Para a costureira Adalia de Souza Amorim, que tem uma barraca de roupas masculinas, a busca de presentes foi apenas boa, mas nada muito superior. "Pra este ano está fraco em vista do ano passado. Está bom, mas em comparação a 2023 está ruim, ano passado foi bem melhor. Hoje vieram muitas mulheres, homens mesmo quase não vi. Uma média de quarenta pessoas levaram presente", explica.
O movimento também não foi tão bom na barraca de Miria Paiva, que vende conjuntos femininos na Feira há 17 anos. Segundo a lojista, em datas comemorativas não necessariamente as pessoas que vem à Feira passam nas barracas para comprar itens relacionados a data. "Não está aquela coisa de a gente sorrir, mas tá dando para vender, só que não especificamente de Dia dos Namorados. Como foi no dia das mães, ninguém estava comprando presente de dia das mães", comenta.
Miria ressalta ainda que precisa de mais divulgação para a Feira nessas datas, destacando o local como uma opção para encontrar o presente. Na visão dela, as lojas abertas nos arredores da Feira também prejudicam o movimento. "As lojas aqui atrapalham porque é uma feira artesanal. Eu acho que elas deveriam ser de segunda a sábado, e não nos domingos. E precisa mais divulgação da Prefeitura para a Feira Hippie", ressalta.
Já na barraca do artesão Ulisses Roberto de Oliveira, o movimento foi inverso e ele notou uma passagem interessante de homens que vieram sozinhos na barraca em busca do presente. "Hoje no domingo está um resultado bom, não posso reclamar. Devo ter atendido uns 10 casais em busca de presente, mas hoje vieram muitos homens escolhendo presente, o que é raro de acontecer".
E mesmo que para suas colegas feirantes resultado não tenha sido tão bom quanto na sua barraca, Ulisses acha que a economia influenciou o aumento e fluxo este ano. "Eu acredito que está melhorando o bolso do consumidor. Nos últimos anos tivemos a pandemia, a crise, mas esse ano as coisas ajudaram", explica.