O real completa 30 anos nesta segunda-feira (1º de julho). A moeda brasileira entrou em circulação quando 40% da população brasileira atual nem era nascida. Três décadas depois, o site Mercado Mineiro comparou os preços de diversos produtos e serviços praticados em 1994 com os de 2024. Confira: 

  • salário mínimo: em julho de 1994 era de R$ 64,79, atualmente está em R$ 1.412,00, uma valorização de 2.079%;
  • o real se desvalorizou 459% perante ao dólar neste mesmo período;
  • a cesta básica do Dieese, que custava R$ 68,56, passou para R$ 826,85, um aumento de 1.106%;
  • o leite tipo C de saquinho, que custava em média R$ 0,54, passou para os atuais R$ 6,38, um aumento de 1.081%;
  • o arroz Prato Fino de 5kg que custava R$ 4,58, atualmente tem o preço médio de R$ 33,75, um aumento de 637%;
  • o quilo da farinha de trigo (Vilma), que custava em média R$ 0,57 subiu para R$ 4,15, um aumento de 628%;
  • a dúzia de ovos brancos, que custava em média R$ 1,21, subiu para R$ 10.98, um aumento de 807%;
  • o quilo do frango resfriado, que custava em média R$ 1,04, atualmente custa R$ 10,95, um aumento de 953%;
  • o quilo de acém bovino, que custava R$ 2,50 passou para R$ 28,85, um aumento de 1054%;
  • o pão francês, que custava em média R$ 0,08 - 50g - passou para R$ 1,06, um aumento de 1.225%;
  • o litro da gasolina custava R$ 0,53 e agora passou para R$ 6- antes se enchia um tanque com R$ 26,50, agora é preciso R$ 300 para sair com o tanque cheio, um aumento de 1.032%;
  • o litro do álcool, que custava R$ 0,42, passou para R$ 4,18. O tanque completo que custava R$ 21, agora passou para R$ 209, um aumento de 895%;
  • o botijão de gás de 13 kg que custava R$ 5,38 e atualmente custa R$ 112.00, um aumento de 1.982%.
  • a passagem de ônibus diametral, que era R$ 0,24 (CR$670,00/2.750,00), hoje tem o valor de R$ 5,25, com um aumento de 2.088%.

“Com uma inflação de 708% nesse período, a gente vê vários itens de primeira necessidade que subiram bem acima da inflação. Por isso que a população vem perdendo poder de compra, principalmente as pessoas de baixa renda e de classe média, que sofreram muito durante esse período,” destaca o diretor do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. 

A pesquisa completa está disponível no site mercadomineiro.com.br.

30 anos após Plano Real, R$ 1 vale R$ 0,12

O quilo do frango custava, em média, um único real quando o plano estreou. O que hoje é a carne mais consumida no Brasil, na época foi uma novidade no carrinho de compras de muitos brasileiros e tornou-se um símbolo do aumento do poder de compra no país. Passados 30 anos, R$ 1 já não compra as mesmas coisas de 1994, e os brasileiros assistem a serviços ficarem mais caros do que a inflação acumulada em três décadas. Por outro lado, o salário mínimo aumentou acima dela (mais de três vezes) e impulsionou a qualidade de vida.

Corrigido pela inflação, R$ 1 de 1994 equivaleria, hoje, a cerca de R$ 0,12. Não à toa, as lojas de R$ 1,99 desapareceram desde então. Já o salário mínimo teve um salto acima da inflação. Para ter o mesmo poder de compra de 1995, quando o Plano Real estava em curso, o mínimo precisaria ser, hoje, de R$ 1.039,81, segundo cálculos do economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) Diogo Santos. A base está acima disso, contudo — R$ 1.420. (Com informações de Gabriel Rodrigues)