De 1º a 15 de setembro, toda a cadeia de produção e venda de peixes celebra a Semana do Pescado. Em sua 21ª edição em 2024, a temporada estimula produtores, supermercados e restaurantes a oferecer promoções para estimular o consumo de peixes e frutos do mar no Brasil. Mas, para conferir se as ofertas de fato valem a pena, é importante conhecer o preço médio cobrado em Belo Horizonte e região.

O site de pesquisa Mercado Mineiro divulgou um levantamento, nesta segunda-feira (02/09), com os valores cobrados por 23 estabelecimentos. A diferença dos preços praticados em cada um chega a quase 288% — é o exemplo do camarão sete barbas G, cujo quilo varia de R$ 54,90 a R$ 212,80. “É um momento, sim, de o consumidor aproveitar para consumir o peixe, que traz muita saúde. Mas tem que pesquisar, ou fazer mal para o bolso”, pontua o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.

Confira o preço médio de cada produto:

  • bacalhau Cod: R$ 182,46;
  • bacalhau do Porto Imperial: R$ 176,38;
  • bacalhau Saithe: R$ 73,01;
  • camarão rosa limpo médio: R$ 103,70;
  • camarão sete barbas G: R$ 88,12;
  • camarão sete barbas P: R$ 62,33;
  • cascudo: R$ 21,81;
  • corvina: R$ 26,46;
  • curimatã: R$ 21,41;
  • dourado: R$ 51,76;
  • filé de merluza: R$ 35,89;
  • filé de surubim: R$ 62,83;
  • piratinga: R$ 30,78;
  • salmão: R$ 90,53;
  • sardinha: R$ 17,43;
  • posta de surubim: R$ 40,21;
  • tainha: R$ 27,38;
  • traíra: R$ 33,10;
  • tambaqui: R$ 27,44.

A pesquisa também comparou o preço médio de cada opção aos valores do início da Quaresma deste ano. Houve altas, como a escalada de 38,1% do preço do camarão sete barbas G, que foi de R$ 63,79 para R$ 88,12. Por outro lado, também houve quedas, como a da sardinha, que caiu de R$ 19,63 para R$ 17,43, diminuição de 11,2%. A lista completa de preços está disponível no site Mercado Mineiro.

21ª Semana do Pescado

A Semana do Pescado foi originalmente desenhada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura e, hoje, é capitaneada pelo setor privado. O país tem cerca de 5 milhões de pessoas que vivem da pasta, que acrescentam R$ 27 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

O consumo de peixes e frutos do mar no Brasil vem crescendo, mas continua abaixo das demais opções de carne. Em 15 anos, o consumo médio dos brasileiros saltou de 3,5 kg para 10 kg, segundo o ex-ministro da Pesca, Altemir Gregolin, idealizador do evento e presidente do International Fish Congress (IFC Brasil). O consumo do frango, por exemplo, é de quase 46 quilos por ano.