As importações de aço bruto cresceram 18,2% em 2024, no comparativo com 2023, e atingiram 5,9 milhões de toneladas no acumulado do ano. Esse é o maior volume já registrado na série histórica, segundo o Instituto Aço Brasil. Do outro lado, as exportações caíram 18,1% na comparação com o mesmo período, para 9,6 milhões de toneladas. E o consumo aparente de produtos siderúrgicos fechou em 26 milhões de toneladas, um aumento de 8,3%, reflexo da alta das importações.
Esse recorde acontece apesar dos esforços para conter a entrada de aço no Brasil. Em abril do ano passado, por exemplo, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou 11 produtos de aço importados que passaram a ser submetidos a cotas de importações. Caso o volume máximo seja superado, eles pagam 25% de Imposto de Importação para entrarem no país. A medida tem como objetivo evitar a concorrência desleal com o aço nacional.
Produção interna
Já a produção de aço bruto no Brasil atingiu 33,7 milhões de toneladas, uma alta de 5,3% em relação a 2023, e as vendas fecharam em 21,2 milhões de toneladas, o que significa uma alta de 8,3% na mesma comparação.
Na comparação entre os meses de novembro e dezembro de 2024, alguns fatores devem ser levados em consideração. O primeiro é o efeito do menor número de dias úteis e de manutenções programadas na indústria do aço, o que naturalmente impacta o volume de produção. O segundo fator diz respeito às exportações, que, desde novembro de 2023, são registradas com atraso devido à dinâmica adotada pelos órgãos responsáveis, em especial, pela Receita Federal no Porto de Pecém, o que gera variações e volatilidade nos dados.
Nesse contexto, a produção de aço bruto chegou a 2,6 milhões de toneladas, um recuo de 7,2%. As vendas internas atingiram 1,5 milhão de toneladas, 15,5% abaixo do apurado em novembro. As exportações foram de 753 mil toneladas e tiveram alta de 56,7%, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos chegou a 1,8 milhão de toneladas, diminuição de 16,2% na mesma comparação. E as importações recuaram 16,1% entre novembro e dezembro de 2024, com volume de entrada de 324 mil toneladas.