Os preços dos imóveis residenciais em Belo Horizonte subiram 12,53% em 2024, com o valor médio do metro quadrado na capital mineira fechando o ano em R$ 9.365. É o que revela pesquisa da FipeZap, que monitorou os negócios do setor imobiliário na capital mineira e em outras localidades do país, durante todo o ano passado. Com base no comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 56 cidades, o Índice FipeZAP registrou um avanço de 0,66% nos valores em dezembro/2024 na média nacional, superior ao resultado observado em novembro (+0,49%). O índice encerrou o ano com uma valorização acumulada de 7,73% - a maior variação anual desde 2013, quando os preços dos imóveis subiram, em média, 13,74%.
Em Belo Horizonte, os bairros mais caros são Savassi, com valor médio de R$ 15.954/m2, e o Santo Agostinho, onde o metro quadrado encerrou 2024 valendo R$ 15.424 em média. Esses bairros tiveram valorização de preço de 14,5% e 14,9%, respectivamente. O bairro que teve o maior encarecimento na capital foi Santa Lúcia, com variação de 28% em 2024; seguido pelo Gutierrez, 22,6%.
Confira quais os bairros têm o metro quadrado mais caro de BH e quanto foi a valorização dos imóveis em 2024 nessas localidades.
- SAVASSI: R$ 15.954/m² (14,5%)
- SANTO AGOSTINHO: R$ 15.424/m² (14,9%)
- LOURDES: R$ 14.344/m² (9,7%)
- FUNCIONARIOS: R$ 13.819/m² (8,2%)
- SANTA LUCIA: R$ 10.904/m² (28,0%)
- SION: R$ 10.542/m² (7,6%)
- GUTIERREZ: R$ 10.380/m² (22,6%)
- SERRA: R$ 9.218/m² (+0,9%)
- SANTO ANTONIO: R$ 9.028/m² (13,7%)
- BURITIS: R$ 8.533/m² (8,7%)
A alta do preço médio do metro quadrado de imóveis na capital mineira em 2024, que foi de 12,53%, supera a inflação do período. O IPCA do IBGE deve fechar o ano em 4,64%, quase três vezes menor do que o encarecimento dos residenciais em BH. O IGP-M da FGV encerrou 2024 em 6,64%.
Entre as capitais pesquisadas, a maior variação de preço em 2024 foi verificada em Curitiba (18%), seguida por Salvador (16,38%) e João Pessoa (15,54%). Belo Horizonte (12,53%) teve a quinta maior variação.
Na avaliação do economista Diogo Santos, do Ipead/UFMG, o aumento dos preços de imóveis e valores de aluguéis está relacionado com fatores como o aumento da demanda por unidades habitacionais, que ocorre em períodos de crescimento econômico maior que o aumento da oferta de novas unidades.
"O período de crescimento econômico como estamos vivendo nos últimos 3 anos amplia a renda das famílias e, consequentemente, eleva a busca por imóveis para compra, de modo que, diante da oferta limitada, uma vez que a construção de novos imóveis leva tempo, os preços tendem a subir. Com as elevações das taxas de juros, que já estão ocorrendo e impactando também os financiamentos imobiliários, pode ocorrer que, no próximo período, os preços dos imóveis tenham um ímpeto de crescimento menor, pelo menos nas faixas de rendas que dependem de financiamento para realizar a compra", conclui o economista.