Supermercados e padarias de Belo Horizonte projetam boas vendas durante os dias de Carnaval. Os estabelecimentos, inclusive, estão reforçando os estoques para absorver a demanda que vai crescer a partir da próxima sexta-feira (28/2) até, no mínimo, a terça-feira de folia, 4 de março. A estimativa da prefeitura da capital é de que 6 milhões de foliões vão circular nas ruas e avenidas da cidade. 

Nos Supermercados, o SuperNosso crê em uma alta de 20% nas vendas da rede, sendo uma expansão de 17% só para a comercialização de bebidas. Para absorver a movimentação, o grupo Supernosso desenvolveu um projeto de logística para oferecer mais agilidade no atendimento aos consumidores. 

“Uma das estratégias para facilitar a vida dos clientes é a montagem de grandes caixas térmicas com bebidas geladas na entrada das lojas, para agilizar a vida do folião”, disse o diretor de operações do Grupo, Epifânio Parreiras. Ele destaca ainda que nas unidades onde houver maior movimento, haverá reforço das equipes, para evitar filas. Segundo Parreiras, os estoques também estão preparados para a alta na demanda.

“O grupo possui um sistema de gestão de estoques que opera criteriosamente para que todas as lojas estejam bem abastecidas antes e durante o carnaval. Todos os estudos são feitos com antecedência para que os parâmetros de abastecimento estejam corretos e as equipes logísticas e de suprimentos trabalhem de forma eficaz”, complementou.

Já para o Apoio Mineiro, que pertence ao SuperNosso, a principal estratégia é oferecer atrativos para ambulantes e pequenos comerciantes, como promoções e preços mais acessíveis. Uma das ações da empresa visando facilitar a vida dos ambulantes, é a entrega de um QR Code que dá acesso a um grupo de whatsapp do Apoio, no qual já estão sendo divulgadas, diariamente, as melhores ofertas ligadas ao carnaval. 

“Além disso, para os clientes que desejam comprar em grandes quantidades, são oferecidas condições especiais por meio do canal de Televendas ou pelo site do Apoio Mineiro”, salientou o diretor de Operações do Apoio, Epifânio Parreiras.

EPA reforça estoques 

O diretor de marketing do Grupo DMA, Roberto Gosende, acredita que a maior demanda será por bebidas, de cervejas a destilados, e carnes. “Nós estamos otimistas, preparamos as lojas todas para isso, fazendo parceria com algumas empresas de bebidas para poder não só estar bem abastecidos, mas também com um preço diferenciado e trazer os foliões todos para as nossas lojas”, disse Gosende, sobre o planejamento para o EPA, que integra o DMA. 

Padarias apostam em lanches e bebidas 

Para as padarias, além do tradicional pão francês pela manhã, os lanches durante o dia e a comercialização de bebidas é uma alternativa para potencializar os lucros nos dias de folia. “É um período muito bom para o setor. Vamos atender o café da manhã, o café da tarde, o lanche. Antigamente, as pessoas saíam excessivamente, Belo Horizonte não tinha nenhum atrativo, e agora o carnaval traz as pessoas de fora. Isso para nós é muito bom”, comentou Vinicius Dantas, presidente da Amipão, entidade que reúne o Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado de Minas Gerais (Sip) e a Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amip).

Dantas afirmou que as padarias devem funcionar dentro do horário habitual já praticado, bem como os empresários devem manter o padrão que a clientela está acostumada. “Obviamente com os estoques um pouco mais altos, algumas ofertas chamativas para o período, enfeites, adornos, isso tudo a gente faz para poder trazer o cliente ou pelo menos para criar o clima de festa dentro da loja e lembrar o cliente do carnaval, com a cerveja, do tira gosto, do sanduíche”, acrescentou. 

Faturamento nos bares

Com a presença massiva de foliões nas ruas, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estimou um crescimento que pode chegar a 30% no faturamento dos estabelecimentos durante o Carnaval. Nas últimas semanas, com os desfiles de blocos nos dias de pré-folia, alguns restaurantes mantiveram o funcionamento, mas colocaram grades na entrada para controlar o acesso às áreas internas.