Os micro e pequenos empresários de Minas Gerais que desejam capital para investir em seus negócios poderão acessar financiamentos com taxas reduzidas do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) a partir deste mês. Os empresários poderão acessar linhas a partir de 0,41% ao mês + Selic, além de 48 meses para pagar, sendo 12 deles de carência.

De acordo com a instituição, o objetivo é apoiar os pequenos negócios mineiros a se planejar, ampliar estoque, contratar funcionários, quitar dívidas, entre outras iniciativas. 

“É uma decisão estratégica de mercado e de alinhamento com a política do governo do Estado de incentivar ações que possam gerar empregos e contribuir para maior competitividade das empresas mineiras. Os pequenos negócios têm papel relevante na economia de MG”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto. 

Além do acesso à taxa reduzida, os empresários ainda podem acessar o financiamento de forma 100% digital por meio do site do BDMG. A condição está disponível para os negócios localizados em todos os 853 municípios mineiros. 

Inspiração 

O acesso ao crédito tem o potencial de transformar empresas, como no caso da Dona Empada, no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ampliar a cartela de produtos, comprar máquinas e modernizar a loja são algumas das iniciativas realizadas pela proprietária Maria Aparecida Saldanha Saliba após acessar o financiamento do BDMG. 

A empresária acredita que as mudanças deverão ampliar em 35% o faturamento da empresa, que existe há quase 20 anos. “Com o capital de giro, pude ampliar o estoque e ofertar um mix maior de sucos e salgados. As novas máquinas vão me permitir aumentar a produção. Com isso, vamos oferecer nossos produtos congelados para que as pessoas possam levar para a sua casa com a mesma qualidade da loja, o que vai aumentar o ticket médio dos clientes”, explica. 

Produzindo diariamente quase 400 salgados, além de bolos, pães e pães de queijo, Maria Aparecida conta que enfrentou dificuldades em função da pandemia de Covid-19 e da perda do marido, que era seu sócio.

“Com uma filha ainda em idade escolar e muita coragem, segui adiante com o negócio. Não é fácil empreender e manter uma loja por quase 20 anos, e no mesmo local. O crédito veio para construirmos um novo capítulo da Dona Empada”, completa.