Uma semana após a greve de tanqueiros da Vibra - antiga BR distribuidora -, o preço da gasolina se mantêm em patamar elevado em postos de combustíveis de Belo Horizonte. Vendido a um preço médio de R$ 5,97 antes da paralisação, mas encontrado por cifras R$ 5,67, o litro da gasolina encerrou a última semana custando mais de R$ 6 na capital.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) calculou um valor médio de R$ 6,06, mas motoristas chegaram a pagar até R$ 6,78 para abastecer em alguns estabelecimentos, conforme o órgão em levantamento realizado entre os dias 8 e 14 de junho.
Na última quarta-feira (11), O TEMPO mostrou o encarecimento da gasolina na capital. À reportagem, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) justificou o preço mais alto como um reflexo da greve, deflagrada na manhã de segunda-feira, 9 de junho, e encerrada na noite do mesmo dia.
A entidade salientou que a pausa no abastecimento gerou reflexos nos estoques dos postos, sendo que alguns chegaram a ficar sem produtos. O problema afetaria, porém, apenas os estabelecimentos atendidos pela Vibra: os postos da BR e de bandeira branca - quando não envolve nenhuma distribuidora no processo de abertura. No entanto, pelas ruas da capital é possível ver estabelecimentos de outras bandeiras com preços mais altos.
Em nota, a Vibra informou que as operações na base de Betim - onde a greve foi registrada - foram integralmente restabelecidas na noite de segunda-feira (09). “O fornecimento foi plenamente normalizado já no dia seguinte. A Vibra reitera seu compromisso com a regularidade do abastecimento no estado de Minas Gerais e destaca que está sempre aberta ao diálogo individual com seus parceiros comerciais, repudiando de forma veemente qualquer tentativa de combinação coletiva de preços que configuram, em tese, infração à legislação de defesa da concorrência, sujeita às sanções legais cabíveis, conforme estabelecido pelos órgãos competentes”, disse a empresa.
A reportagem procurou o Minaspetro, para entender o motivo da manutenção dos preços em alta, mas nenhum retorno foi enviado até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.