A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou a 0,26% em junho, após marcar 0,36% em maio, segundo dados divulgados quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Analistas do mercado financeiro esperavam índice de 0,3% para este mês, de acordo com a mediana das projeções coletadas pela agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,2% a 0,38%.
Com o resultado de junho, o IPCA-15 passou a acumular alta de 5,27% em 12 meses, após marcar 5,4% até maio. A taxa segue acima do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O IPCA é o indicador oficial de preços do Brasil e também é calculado pelo IBGE. O IPCA-15, por ser divulgado antes, sinaliza uma tendência para o IPCA. Uma das diferenças entre os dois é o período de coleta das informações.
A apuração dos preços do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência. No caso do índice de junho, a coleta foi realizada de 16 de maio a 13 de junho. Já a apuração do IPCA se concentra no mês de referência.
Por isso, o resultado de junho ainda não é conhecido. Será divulgado em 10 de julho. Na mediana, as projeções do mercado financeiro apontam IPCA de 5,24% no acumulado de 2025, de acordo com a edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC na segunda (23).
A previsão caiu pela quarta semana consecutiva, mas segue acima do teto da meta de 4,5%. Em 2025, o BC passa a perseguir o alvo de maneira contínua, abandonando o chamado ano-calendário (janeiro a dezembro). No novo modelo, a meta de inflação será considerada descumprida quando o IPCA acumulado permanecer por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto). O centro é de 3%.
O IPCA acumulado ficou acima de 4,5% nos cinco primeiros meses de 2025. Com isso, caminha para estourar a meta em junho, segundo analistas. Em uma tentativa de conter a inflação, o BC elevou a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano na semana passada. O choque busca esfriar a demanda por bens e serviços, diminuindo, assim, a pressão sobre os preços.
O possível efeito colateral dos juros altos é a perda de fôlego da atividade econômica. A Selic de dois dígitos encarece o crédito para consumo e investimentos produtivos.
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