Há algo de novo nos céus do agronegócio mineiro. O uso de drones nas lavouras pode até não ser uma grande novidade, mas é inquestionável que a tecnologia foi "abraçada" de vez pelos produtores nos últimos anos. Não faz muito tempo, em 2021 haviam apenas 355 drones agrícolas registrados no país. No ano passado, esse número já havia saltado para 7.832 - um aumento de 2.106%. Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
Motivos para a crescente adesão não faltam. Versáteis, os aparelhos podem podem ser utilizados em diversas funções, como pulverização das lavouras, contagem de plantas, demarcação de plantio e segurança. Além disso, realizam alguns serviços com muito mais agilidade e economia de água - o que contribui para a sustentabilidade no campo.
O aumento da demanda também fomentou a criação de novos negócios - que faturam alto com a venda dos drones, a prestação de serviços e a formação de novos pilotos. Segundo um estudo da Mordor Intelligence, o mercado global de drones agrícolas deve atingir US$ 5,08 bilhões (cerca de R$ 27,88 bi) até 2030 - um crescimento de 16,05% em relação a este ano.
Apesar das inovações e dos benefícios para o agronegócio, o mercado dos drones também apresenta dificuldades e desafios que precisam ser enfrentados de frente pelos empresários e produtores. A clandestinidade, a dificuldade de acesso a crédito e o monopólio dos equipamentos chineses são alguns pontos que merecem atenção especial de quem trabalha no segmento.
A série "Drones: agro voa alto em Minas" reúne histórias de produtores e empresários que têm comprovado que vale a pena inovar no campo para aumentar a produtividade, evitar perdas e colaborar para um agronegócio mais sustentável. O conteúdo foi dividido em três episódios:
De pulverização à segurança: drones têm diversos usos no campo
Empresas faturam alto com vendas de drones, prestação de serviços e cursos
Clandestinidade e monopólio chinês: confira os desafios e dificuldades do setor