A Embraer, gigante brasileira do setor de aeronaves, ficou tora do tarifaço de Donald Trump, como negociavam o governo e importadores norte-americanos. "A notícia confirma o impacto positivo e a importância estratégica das atividades da Embraer para as economias brasileira e norte-americana", informou e empresa, por nota. Com essa medida, as exportações da Embraer para os EUA permanecem com 10% de tarifa, em vigor desde o dia 2 de abril.
"Continuamos acreditando e defendendo firmemente o retorno à regra de tarifa zero para a indústria aeroespacial global. Mais importante ainda, apoiamos o diálogo contínuo entre os governos brasileiro e norte-americano e permanecemos confiantes em um resultado positivo para os dois países", concluiu a empresa. A retirada da Embraer do tarifaço fez as ações da empresa valorizarem 10% na Bolsa.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, atualmente há 1.700 aviões da Embraer operando no mercado americano, e o tarifaço aumentaria em US$ 9 milhões o custo de operação por aeronave, o que inviabilizaria os negócios da empresa na terra de Trump.
O ministro Silvio Costa Filho disse na última terça-feria (29/07) que havia mobilização nos EUA contra a aplicação da tarifa de 50%. "Eu acho que os próprios investidores americanos também estão dialogando com o governo americano para que essa tarifa não seja implementada. Até lá, dia 1º, a orientação do presidente Lula é exercer tal diálogo, conversar, conversar, conversar", frisou em entrevista à imprensa nacional.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que implementa uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total da tarifa para 50%, informou a Casa Branca em comunicado publicado nesta quarta-feira (30). Ele deixou de fora vários produtos que ameaçava sobretaxar, como aeronaves, o que beneficiou a Embraer, minérios, produtos alimentares dentre outros. (Com Bruno Mateus)