O presidente Lula (PT) convocou ministros para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para discutir o tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump aos produtos exportados pelo Brasil. A conversa com auxiliares está prevista para começar no fim da tarde desta quarta-feira (30).

Lula deve discutir com ministros a extensão da medida assinada por Trump, aplicando uma taxa adicional sobre as exportações brasileiras, com exceções para alguns produtos. Também estarão na pauta da reunião medidas que o governo brasileiro pode adotar para amenizar os impactos do tarifaço, incluindo auxílio a setores afetados e a manutenção de empregos.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que assumiu a linha de frente no contato com empresários e na tentativa de negociação com os americanos, vai participar do encontro. Outros ministros também estarão presentes.

Trump assinou um decreto que implementa uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total da tarifa para 50%, informou a Casa Branca em comunicado publicado nesta quarta-feira (30). 

As taxas entrarão em vigor em sete dias. O decreto (íntegra, em inglês) isenta determinados alimentos, minérios e produtos de energia e aviação civil, entre centenas de outros. As tarifas haviam sido anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 9 de julho, e são as maiores entre as anunciadas para países que exportam aos EUA.

A medida visa "lidar com as políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos", diz o comunicado sobre a assinatura do decreto, que cita o nome de Jair Bolsonaro (PL) e diz que ele sofre perseguição do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).