A farmacêutica brasileira EMS inicia as vendas, a partir da próxima segunda-feira (5/8), das primeiras canetas injetáveis 100 % produzidas no Brasil voltadas ao tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. Os medicamentos Olire e Lirux estarão disponíveis inicialmente em quatro redes de farmácias das regiões Sul e Sudeste, como Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco, com valores a partir de R$ 307,26 por unidade.
Em sua versão para obesidade, o Olire será vendido também em embalagens com três canetas, cujo preço sugerido é de R$ 760,61; já o Lirux, direcionado ao diabetes tipo 2, terá opção de dois frascos por R$ 507,07. A farmacêutica distribuiu nesta fase inicial 100 mil unidades de Olire e 50 mil de Lirux nas regiões Sul e Sudeste, com expansão gradual prevista para todo o país.
Os medicamentos têm como substância ativa a liraglutida, um análogo do hormônio GLP‑1, cuja ação retarda o esvaziamento gástrico, induz saciedade e ajuda a regular a glicemia — o mesmo princípio ativo utilizado nos medicamentos Saxenda e Victoza. A dosagem máxima chega a 3 mg por dia no caso do Olire, e a 1,8 mg por dia no caso do Lirux, com aplicação subcutânea recomendada no abdômen, coxa ou braço, a qualquer hora do dia e sem vínculo com alimentação.
A produção, realizada na unidade da EMS em Hortolândia (SP), usa tecnologia de síntese química (UltraPurePep), que permite fabricar a matéria‑prima até o produto acabado com elevado grau de pureza. A nova fábrica, inaugurada em agosto de 2024, foi construída com investimento de cerca de R$ 70 milhões — R$ 48 milhões financiados pelo BNDES — e tem capacidade anual estimada em até 40 milhões de canetas.
“Com a produção nacional, oferecemos alternativas seguras e de alta qualidade para o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, desenvolvidas com tecnologia de ponta e em conformidade com os mais altos padrões internacionais”, afirmou Iran Gonçalves Jr., diretor médico da EMS. Conforme a empresa, esses produtos serão vendidos a preços de tabela entre 10% e 20% menores do que os concorrentes importados.
A previsão é disponibilizar cerca de 250 mil unidades (Olire e Lirux) nos primeiros meses de comercialização, chegando a 500 mil unidades até agosto de 2026.