A partir do dia 7 de agosto, 69 países - pelo menos por enquanto - vão enfrentar barreiras tarifárias para enviar produtos aos Estados Unidos. As taxas foram definidas pela Casa Branca, no escopo do tarifaço desencadeado por Donald Trump, desde abril. 

Os valores variam de 10% a 50%, dependendo do país e do acordo estabelecido com o presidente norte-americano. O Brasil, por enquanto, é o pais com a maior alíquota sobre exportações, de 50%. A China, principal alvo de Trump antes do mercado brasileiro, chegou a ser tarifada em 145%.

Os países, porem, estão em negociações e até que haja um acordo os chineses estão sujeitos a uma cobrança de 30%. Veja abaixo a lista atualizada até o momento, com os países que entraram no tarifaço de Trump. 

  • Afeganistão: 15%
  • Argélia: 30%
  • Angola: 15%
  • Bangladesh: 20%
  • Bolívia: 15%
  • Bósnia e Herzegovina: 30%
  • Botsuana: 15%
  • Brasil: 50%
  • Brunei: 25%
  • Camboja: 19%
  • Camarões: 15%
  • Chade: 15%
  • Costa Rica: 15%
  • Costa do Marfim: 15%
  • República Democrática do Congo: 15%
  • Equador: 15%
  • Guiné Equatorial: 15%
  • União Europeia: 15%
  • Ilhas Malvinas: 10%
  • Fiji: 15%
  • Gana: 15%
  • Guiana: 15%
  • Islândia: 15%
  • Índia: 25%
  • Indonésia: 19%
  • Iraque: 35%
  • Israel: 15%
  • Japão: 15%
  • Jordânia: 15%
  • Cazaquistão: 25%
  • Laos: 40%
  • Lesoto: 15%
  • Líbia: 30%
  • Liechtenstein: 15%
  • Madagáscar: 15%
  • Malawi: 15%
  • Malásia: 19%
  • Maurício: 15%
  • Moldávia: 25%
  • Moçambique: 15%
  • Mianmar (Birmânia): 40%
  • Namíbia: 15%
  • Nauru: 15%
  • Nova Zelândia: 15%
  • Nicarágua: 18%
  • Nigéria: 15%
  • Macedônia do Norte: 15%
  • Noruega: 15%
  • Paquistão: 19%
  • Papua Nova Guiné: 15%
  • Filipinas: 19%
  • Sérvia: 35%
  • África do Sul: 30%
  • Coreia do Sul: 15%
  • Sri Lanka: 20%
  • Suíça: 39%
  • Síria: 41%
  • Taiwan: 20%
  • Tailândia: 19%
  • Trinidad e Tobago: 15%
  • Tunísia: 25%
  • Turquia: 15%
  • Uganda: 15%
  • Reino Unido: 10%
  • Vanuatu: 15%
  • Venezuela: 15%
  • Vietnã: 20%
  • Zâmbia: 15%
  • Zimbábue: 15%

Tarifas brasileiras 

Apesar da tarifa de 50% a produtos brasileiros, a Casa Branca recuou na ofensiva contra as ex´portações brasileiras e isentou quase 700 produtos, como suco de laranja e ferro-gusa, de arcar com a taxa. Outros itens importantes como o café, carne bovina e frutas seguem com a cobrança e negociam uma isenção em meio ao mapeamento de novos mercados. 

Nesta sexta-feira (1/8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não pretende “retaliar” os Estados Unidos. A união ainda tenta ampliar a lista de isenções junto à Casa Branca. Em conversa com jornalistas, Haddad indicou que o governo não deve fazer uso da Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao país responder a tarifas impostas por agentes estrangeiros.


"Não houve desistência da decisão porque essa decisão não foi tomada. Nós nunca usamos esse verbo [retaliar] para caracterizar as ações que a economia brasileira vai tomar. São ações de proteção da soberania, proteção da nossa indústria, do nosso agronegócio. São medidas de reação a uma ação injustificável e proteção da economia e soberania brasileiras. Essa palavra não figurou no discurso do presidente e de nenhum ministro", disse.

(*Com informações de O TEMPO Brasília)