A queda da taxa de desemprego do Brasil foi acompanhada por reduções em 18 unidades da federação no segundo trimestre de 2025, na comparação com os três meses iniciais do ano. É o que apontam dados divulgados nesta sexta (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador ficou relativamente estável, sem variações estatisticamente significativas, em nove unidades da federação.
Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que começou em 2012.
No Brasil, a taxa de desemprego recuou a 5,8% no segundo trimestre de 2025, após marcar 7% nos três meses até março. O resultado mais recente é o menor da série histórica. Foi a primeira vez que a taxa ficou abaixo de 6% no país na Pnad Contínua. O dado nacional já havia sido publicado pelo IBGE em 31 de julho.
A série da pesquisa passou por atualização para incorporar as projeções populacionais mais recentes do instituto, publicadas pelo órgão em 2024. Essas estimativas levam em consideração o Censo Demográfico 2022 e outras fontes
DESEMPREGO NO 2º.TRI.25
- UF - Taxa, em % - Situação
- Pernambuco - 10,4 - Estabilidade
- Bahia - 9,1 - Baixa
- Distrito Federal - 8,7 - Estabilidade
- Piauí - 8,5 - Baixa
- Sergipe - 8,1 - Estabilidade
- Rio de Janeiro - 8,1 - Baixa
- Amazonas - 7,7 - Baixa
- Alagoas - 7,5 - Baixa
- Rio Grande do Norte - 7,5 - Baixa
- Acre - 7,3 - Estabilidade
- Paraíba - 7 - Baixa
- Amapá - 6,9 - Baixa
- Pará - 6,9 - Baixa
- Ceará - 6,6 - Baixa
- Maranhão - 6,6 - Baixa
- Roraima - 5,9 - Estabilidade
- Brasil - 5,8 - Baixa
- Tocantins - 5,3 - Estabilidade
- São Paulo - 5,1 - Baixa
- Goiás - 4,4 - Baixa
- Rio Grande do Sul - 4,3 - Baixa
- Minas Gerais - 4 - Baixa
- Paraná - 3,8 - Estabilidade
- Espírito Santo - 3,1 - Baixa
- Mato Grosso do Sul - 2,9 - Baixa
- Mato Grosso - 2,8 - Estabilidade
- Rondônia - 2,3 - Estabilidade
- Santa Catarina - 2,2 - Baixa
Mercado de trabalho aquecido
O desemprego costuma subir no início do ano com o fechamento de vagas temporárias e tende a cair nos meses seguintes, o que ocorreu no Brasil no período até junho. Economistas afirmam que o mercado de trabalho ainda mostra sinais de força no país, apesar dos juros elevados, que tendem a esfriar a atividade econômica.
O contexto levou analistas a discutirem se o Brasil se encontra ou não em pleno emprego. Esse debate abre margem para diferentes interpretações, e o IBGE não usa o conceito pela ausência de uma métrica unificada para defini-lo.
O instituto anunciou na terça (12) que adiou a divulgação da Pnad com dados do país no trimestre móvel até julho. Segundo o órgão, a medida foi necessária em razão da "necessidade de ajustes e correções de inconsistências tecnológicas". A nova publicação estava prevista inicialmente para 29 de agosto. Com o adiamento, passou para 16 de setembro.
O IBGE sinalizou que as "inconsistências tecnológicas" foram identificadas no processo de transmissão da seleção de domicílios dos Sistemas de Gerenciamento de Coleta para os equipamentos usados pelos pesquisadores em campo, os DMCs (Dispositivos Móveis de Coleta).