Neste mês, o Grupo SADA completa 49 anos e se aquece para a celebração de 50 anos em 2026 com investimentos no Brasil e no exterior. Hoje, oito em cada dez carros vendidos no país passam pelo grupo de alguma forma. O ecossistema da companhia, que inclui mais de 30 empresas, está em expansão e, além da logística de transporte, passa a incorporar outros serviços, que vão desde a finalização de veículos para as montadoras até um novo projeto na cadeia de reciclagem no fim da vida dos carros. Esse último, uma novidade a ser inaugurada em 2026, ano do cinquentenário do grupo.
“O Grupo SADA, como um catalisador de soluções logísticas, vai muito além do transporte. Nós temos PDI (inspeção pré-entrega), acessorização, armazenagem, movimentação, controle de estoque até a entrega final. E ainda temos uma vertical na exportação. Entregamos os carros produzidos no Brasil em toda América do Sul ao cliente final”, detalha o diretor comercial de transporte e logística da empresa, Marcelo Loureiro.
O pátio do grupo em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, é um exemplo da diversidade de serviços do grupo. Com capacidade para guardar 28 mil veículos e uma movimentação de até 5.200 por dia, ele inclui mais do que a armazenagem e transporte dos carros nas cegonheiras. Um dos trabalhos prestados no pátio é o PDI, uma extensão da montagem dos veículos e finalização para o cliente final.
Uma série de serviços é concluída no PDI sob demanda dos clientes. Há desde ofertas básicas, como troca de tapetes, instalação de insulfilm nos vidros e das placas, até tarefas mais complexas, como plotagem de lataria e colocação de equipamentos para veículos de trabalho.
O diretor de novos negócios do Grupo SADA, Ricardo Ramos, destaca que a estratégia permite que os clientes agilizem a finalização e o transporte dos veículos. “A vantagem competitiva é que você não precisa fazer deslocamentos para grandes centros. Tem uma unidade, uma linha sequencial, devidamente segurada do ponto de vista da segurança e da preservação do ativo”, apresenta.
Neste ano, o grupo expandiu sua atuação no exterior com a aquisição da empresa de transporte uruguaia Manatil. O Grupo SADA também já está na Argentina, e a nova aquisição no Uruguai soma-se às mais de 50 cidades brasileiras e do Mercosul onde há presença do grupo.
Grupo Sada investe em próxima etapa da cadeia com reciclagem de veículos
O Grupo Sada pretende entrar em breve em mais um segmento. Já presente na etapa final de fabricação de veículos por meio do PDI, agora ele atuará também no fim da vida deles. Com previsão de inauguração das operações no primeiro semestre de 2026, a Igarapé Reciclagens (IGAR) ajudará a reciclar integralmente veículos já fora de circulação por tempo de uso ou com perda total.
A estrutura permite separar cada material dos veículos — aço, vidro e borracha, por exemplo — e direcioná-los à reciclagem especializada. O centro de reciclagem tem 80 mil m², e o equipamento de trituração tem capacidade para processar de 100 a 200 toneladas por hora, o que equivale a uma média de dois carros por minuto.
O primeiro passo do processo é a descontaminação, com retirada da bateria. Os pneus são triturados — a borracha pode ser utilizada em asfalto, por exemplo —, e o vidro das janelas é quebrado para também ser reciclado. Em seguida, os fluidos do carro são completamente retirados, e a lataria segue para um triturador. Na máquina, que ocupa uma estrutura de três andares, ímãs separam aço e ferro do restante dos materiais, como os bancos.
O projeto foi desenhado há dez anos e, agora, ganhou novo impulso com o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), projeto do governo federal para incentivar a sustentabilidade no setor automotivo. Agora, o mercado aguarda a regulamentação da reciclagem veicular para iniciar as atividades.