Em um momento de aumento da taxa de juros no Brasil e, consequentemente, mais dificuldade no financiamento da casa própria, a plataforma Quinto Andar acaba de lançar seu próprio consórcio imobiliário.

O modelo é uma alternativa ao financiamento e ataca diretamente a questão dos juros. Em um consórcio imobiliário, um grupo de pessoas se reúne para alimentar um fundo comum que será utilizado para cada uma comprar um imóvel. Uma administradora gerencia o dinheiro. 

As parcelas são fixas e sem juros. Em vez deles, é cobrada uma taxa de administração, um percentual do valor do imóvel diluído nas parcelas. Em 2024, a taxa média do mercado imobiliário foi de 20,8%, de acordo com o Banco Central. Além dessa taxa, no caso do novo consórcio do Quinto Andar, há um reajuste anual do valor das parcelas de 3%.

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A desvantagem do consórcio é para quem tem pressa em adquirir o imóvel, pois isso ocorre com base em sorteios. Todos os meses, participantes do fundo são sorteados para retirar sua carta de crédito com o valor integral do fundo. Isso pode ocorrer rapidamente ou levar anos.

É possível antecipar o processo apresentando um lance, uma oferta em dinheiro, que pode “passar na frente” o participante. Quanto maior o lance, maior a chance de receber antes a carta de crédito. Dada a incerteza sobre quando a carta estará disponível, a modalidade não é ideal para quem tem pressa de adquirir o imóvel.

A carta de crédito do Quinto Andar pode ser utilizada em qualquer imobiliária, mas os consorciados que realizarem a compra na própria plataforma têm algumas vantagens. Eles recebem 10% de cashback do valor da cota, que pode ser utilizado para complementar o pagamento ou impostos de transferência, por exemplo. Os participantes também podem sacar o saldo acumulado após cinco anos, o equivalente a 60 parcelas. Em consórcios em geral, costuma haver penalidade em caso de desistência.