As operadoras de planos de saúde médico-hospitalares tiveram lucro líquido de R$ 12,4 bilhões no Brasil no segundo trimestre de 2025. É mais que o dobro de igual período de 2024 (R$ 5,1 bilhões), segundo dados de painel da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgados nesta terça-feira (2).
O resultado deste ano é o maior para o intervalo de abril a junho na série histórica do painel, iniciada em 2018. A máxima anterior do segundo trimestre havia sido registrada em 2020 (R$ 10,7 bilhões), nos primeiros meses da pandemia.
Segundo o regulador, o setor vive momento de recuperação do resultado operacional - a diferença entre as receitas e as despesas diretamente relacionadas com as operações de assistência, excluindo ganhos financeiros.
Esse indicador teve saldo positivo de R$ 6,3 bilhões no segundo trimestre deste ano, contra um montante de R$ 2,4 bilhões no mesmo período de 2024.
Considerando os planos médico-hospitalares, odontológicos e as empresas administradoras de benefícios em conjunto, o lucro líquido foi de R$ 12,9 bilhões no segundo trimestre de 2025.
Houve aumento de 130% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 5,6 bilhões). Também é o maior patamar da série iniciada em 2018 para o primeiro trimestre. O painel da ANS considera dados nominais - sem ajuste pela inflação.
As administradoras de benefícios não operam os planos. São intermediárias entre as operadoras e os contratantes dos serviços.
O setor de planos de saúde é alvo de uma série de críticas de consumidores no país. As reclamações envolvem pontos diversos, desde o cancelamento de contratos até os reajustes das mensalidades.
O setor, por sua vez, se queixa do aumento do custo médio dos serviços devido à incorporação de tecnologia. A situação ocorre em meio ao envelhecimento da população, que tende a elevar a demanda por atendimentos de saúde.