No início de 2020, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aderiu ao Estratégia Brasil Amigo do Pessoa Idosa (EBAPI), pacto com o governo federal que garante uma certificação a municípios que cumprirem metas para melhorar a cidade para os maiores de 60, inspirado em um guia da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Agora, a cidade prepara um plano de ação para cumprir metas de diversas frentes, como mobilidade, saúde e inclusão social, segundo a Diretoria de Políticas para a Pessoa Idosa do governo municipal. O plano deve ser finalizado em 2022, segundo a diretora, Renata Martins. A partir daí, as ações precisarão começar a sair do papel.
“Vamos ter um fórum no próximo mês para discutir a mobilidade urbana, por exemplo, entendendo quem é responsável por fiscalizar e executar melhorias. Para garantir o direito de ir e vir, temos que ter transporte público e calçadas seguras. Sabemos que a área central passou por revitalização, por exemplo, mas ainda há o que fazer”, descreve Martins, ainda sem especificar mudanças que poderão ser realizadas.
Para a presidente do Conselho Municipal do Idoso, Fernanda Matos, as mudanças necessárias para cidades de fato incluírem idosos passam por transformações culturais profundas para diminuir o preconceito etário, mas também incluem detalhes práticos urgentes. “Temos que ter ônibus e placas de trânsito com letras maiores, por exemplo. Também precisamos de ônibus que levem aos hospitais saindo de todas as regiões. Talvez a mobilidade seja um ponto central”, pontua.