CUSTO DE VIDA

BH: reajuste da Petrobras é vilão, e inflação sobe 1,11% em março

Automóvel novo, gasolina, condomínio, gás de cozinha e assinatura de telefonia fixa foram os itens que mais contribuíram para o aumento do custo de vida na cidade


Publicado em 30 de março de 2022 | 15:01
 
 
 
normal

A terceira quadrissemana de março fechou com inflação de 1,11% em Belo Horizonte, aponta levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/MG). Os dados mostram que o reajuste da Petrobras no último dia 11 foi o maior vilão do cidadão. 

Dois dos cinco fatores que mais contribuíram para o aumento estão ligados diretamente à inflação de 1,11%: a gasolina comum e o gás de cozinha. O automóvel novo, diante da manutenção da crise dos semicondutores, também se mantém como obstáculo relevante. 

Outros dois itens que contribuíram com relevância foram o condomínio e a assinatura de telefonia fixa. A inflação para março é maior que a de fevereiro, quando o Ipead calculou alta de 0,21% na capital mineira. 

A inflação de março de 2022 é inferior à do mesmo período do ano passado, quando o instituto divulgou alta de 1,24%. Ainda assim, este ano protagoniza o terceiro março com maior inflação desde 2014, quando a série histórica do Ipead começou, superada apenas por 2015 e 2021.

No recorte por especificação, o maior aumento no custo de vida aconteceu nos produtos pessoais (1,28%), com destaque para alta nas peças de vestuário e complementos (0,97%). Entre todos os itens, a elevação mais significativa aconteceu nos alimentos in natura: 11,28%. 

Essa alta nesses alimentos é explicada por vários fatores: o problema dos fertilizantes por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, o reajuste de 24,9% no diesel e a inflação dos grãos, também explicada pelo conflito no Leste Europeu.

Na alimentação em restaurantes, houve deflação de 1,91%, informa o Ipead. Os artigos de residência também recuaram os preços em 1,93%.

Confiança do consumidor

Em outro levantamento, o Ipead concluiu que o Índice de Confiança do Consumidor teve alta de 0,66%. Portanto, a taxa ficou em 33,94, mas continua indicando um cenário de pessimismo de quem compra. 

O Índice de Expectativa Econômica, no qual o consumidor de BH avalia o cenário da economia brasileira, da inflação e do emprego, apresentou alta de 0,29%.

Por outro lado, o Índice de Expectativa Financeira apresentou pequena elevação em relação a fevereiro de 0,82%. Fazem parte deste parâmetro a situação financeira da família atualmente e no passado e a pretensão de compra.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!