A queda no Produto Interno Bruto (PIB) mundial neste ano deve ser de 4,5%, conforme relatório trimestral divulgado pela OCDE em julho, mas bilionários no globo ficaram ainda mais ricos durante o auge da pandemia de coronavírus e da crise econômica provocada por ela.
A informação é de uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (7) pelo banco suíço UBS e pela consultora PwC, que apontou que, pela primeira vez, o somatório da riqueza das pessoas mais abastadas do planeta ultrapassou a marca de US$ 10 trilhões.
Em julho, o valor encontrado foi de US$ 10,2 trilhões, ante o recorde anterior, registrado no final de 2017, de US$ 8,9 trilhões.
No início de abril deste ano, as riquezas somavam US$ 8 trilhões o que, na prática, significa que, mesmo com a paralização de atividades em diversos setores econômicos, e os graves danos humanitários e econômicos causados pela Covid-19, os bilionários conseguiram embolsar US$ 2,2 trilhões em três meses.
Nos primeiros meses deste ano, contudo, houve leve queda nas riquezas acumuladas, de US$ 564 bilhões, seguida de rápida recuperação no trimestre seguinte.
Há, também, mais bilionários neste ano do que em qualquer outro – são 2.189 pessoas que têm mais de US$ 1 bilhão no mundo, ante 2.158 em 2017. Os principais saltos de riqueza foram para empresários do setor industrial, de 44%, de tecnologia, de 41%, e de saúde, de 36%.
O recorte demográfico dos bilionários continua parecido com o dos últimos anos, aponta a pesquisa. Os Estados Unidos reúnem 35% das riquezas somadas – o que representa US$ 3,6 trilhões.
Na China, há US$ 1,68 trilhão acumulado e, completando o pódio, há a Alemanha, onde estão concentrados US$ 594 bilhões.
Bilionários brasileiros somam US$ 176,1 bilhões, quantia que, inclusive, cresceu 38% neste ano em comparação ao mesmo período de 2019, quando o somatório era de US$ 127,1 bilhões.
De acordo com as empresas, a pesquisa abrange 43 mercados que, somados, representam recorte de 98% da riqueza dos bilionários mundo afora.