Os negócios na B3, a Bolsa de Valores brasileira, foram retomados às 11h08, depois de terem sido suspensos por pouco mais de meia hora, durante a adoção do circuit breaker. O mecanismo foi acionado quando o Ibovespa caiu 10,02%, chegando aos 88.178,33 pontos, às 10h30. Os preços das ações estão sendo afetados fortemente pela queda no preço do petróleo no mercado internacional - a maior em um único dia desde a Guerra do Golfo, em 1991.
A queda acima de 10% no índice em relação ao fechamento de sexta-feira ativou o circuit breaker, mecanismo utilizado pela B3 que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o amortecimento das ordens de compra e de venda.
Na hora em que a Bolsa entrou no circuit breaker, Petrobrás ON cedia 24,61% e Petrobrás PN, 23,96%. A mineradora Vale recuava 10,78%.
A suspensão dos negócios, no entanto, não redeziu as perdas de imediato. Às 11h14, o Ibovespa caía 10,23%, aos 87.968,68 pontos e os papéis ON da Petrobrás, 23,03%.
Reabertos os negócios, caso a variação do Ibovespa atinja uma oscilação negativa de 15% em relação ao índice de fechamento do dia anterior, os negócios são interrompidos por uma hora.
Esta é a 18ª vez que o mecanismo é acionado desde sua adoção em 1997. A última ocasião foi em 18 de maio de 2017, por causa da Delação da JBS.
Confira a análise de Frederico Duboc, editor de Opinião de O TEMPO, sobre a crise nas bolsas de valores