O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) atingiu o maior patamar desde abril deste ano, avançando 1,1 ponto em agosto. Apesar disso, indicadores apontam que ímpeto para consumir vem diminuindo, assim como a expectativa do consumidor para os próximos meses. 

De acordo com a coordenadora da sondagem, Viviane Seda Bittencourt, todas as classes de renda estão mais cautelosas na hora de consumir. Os mais otimistas, explica, são consumidores de classes mais humildes, sobre os quais a liberação de recursos do FGTS anunciada pelo governo tem mais impacto. 

“Contudo, as perspectiva desses consumidores sobre o mercado de trabalho continuam caindo”, afirma. Também, apesar de o indicador que mede o grau de satisfação com a economia estar em ascensão há três meses seguidos, ele ainda figura muito abaixo da série histórica. 

Ainda, o indicador de intenção de compras de bens duráveis, que cai há três meses seguidos, despencou 10,9 pontos em agosto e alcançou o menor nível desde janeiro de 2017. “O resultado de agosto mostra uma recuperação da situação atual, mas queda da expectativa”, conclui Bittencourt.