Com o aumento do número de idosos no país, cresce também a demanda de profissionais qualificados para atender as especificidades do grupo. O país precisará de mais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e, especialmente, cuidadores.
Percebendo uma maior procura por mão de obra, muitos brasileiros estão se matriculando em cursos de cuidadores de idosos. No Senac Minas, o número de pessoas interessadas em realizar o curso de cuidador de idosos aumentou exponencialmente nos últimos seis anos. As matrículas subiram de 851, em 2015, para 2.852, em 2021. Só entre os alunos com mais de 60 anos, a demanda foi de 25 para 52 matriculados no mesmo período.
Na Faculdade da Santa Casa de Belo Horizonte, o curso de capacitação atendeu 88 alunos em 2020, enquanto em 2021 já contabiliza 135 matrículas. Até a pandemia, os alunos podiam ter contato prático com asilados de uma instituição mantida pela Santa Casa. Mas, com a chegada do coronavírus, as aulas teóricas passaram a acontecer por meio online, enquanto as práticas foram levadas para o laboratório do hospital.
“Muitas pessoas ficaram desempregadas na pandemia e viram no curso de cuidador uma oportunidade de qualificação. É um curso curto, de três meses, que coloca a pessoa no mercado de trabalho de forma rápida”, relata Daiane dos Santos Amorim, enfermeira e coordenadora do curso.
Segundo ela, a pandemia já trouxe oportunidades de trabalho para os alunos. Muitos deles passaram a trabalhar como acompanhantes de idosos internados, porque muitas famílias não estão conseguindo oferecer a mesma assistência. “Muitas pessoas têm medo de pegar o coronavírus em um ambiente hospitalar e preferem contratar uma pessoa para ficar com quem está internado”, diz Daiane.