Mesmo com um resultado negativo no quarto trimestre de 2108 de R$ 119 milhões, o programa de enxugamento de equipe, venda de ativos e rolamento de dívida da Cemig funcionou e a estatal fechou o ano passado com um crescimento de 8,27% do seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida) frente 2017. O lucro líquido cresceu 70% passando de R$ 1 bilhão para R$ 1,7 bilhão na mesma comparação. “Temos feito um esforço na eficiência operacional e melhoria do atendimento ao consumidor , disse o diretor de finanças e relação com investidores da Cemig, Maurício Fernandes.
Já o superintendente de relação com investidores da empresa, Antônio Carlos Vélez, salientou que esses resultados refletiram na melhora na avaliação da empresa pelas agências de risco. O maior avanço foi na Fitch, que passou a Cemig de BB-, em 2017, para A-, em 2018, na avaliação como investimento nacional. “Nossa estratégia de alongar a dívida foi bem sucedida, o que ajuda na negociação com os bancos”, afirmou Vélez. A dívida líquida total da Cemig é de R$ 13,1 bilhões e o prazo médio para pagamento é de 4,1 anos. Atualmente, 40% da dívida da empresa está em dólar. Ele também salientou a entrada de R$ 654 milhões com venda de ativos de telecom.
No quatro trimestre de 2018, a Cemig gastou R$ 65 milhões com acertos do Plano de Demissão Voluntária que alcançou mais de 500 adesões no ano. “O valor que foi inserido em 2018 por uma exigência da auditoria externa, mas ele vai ser realizado neste ano”, disse Maurício Fernandes.
Segundo o diretor, a melhora na saúde financeira da empresa não está ligada a uma possível privatização. “A decisão de vender é do dono, que no caso da Cemig é o povo mineiro, nosso papel é garantir que a empresa volte a dar os resultados que é capaz”, disse. Em 2016, a Cemig apresentou um lucro líquido de R$ 334 milhões, 86,5% menor do que o valor de 2015, que foi de R$ 2,47 bilhões. “Os resultados estão melhorando com consistência”, conclui Fernandes.
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