Pela primeira vez desde abril deste ano, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) deve aumentar em 0,2 pontos em agosto. Contudo, não se pode dizer que há crescimento de confiança no setor e indicadores de sentimento do empresariado têm contribuído para travar seu avanço. 

A previsão foi divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas. O resultado também deve se repetir no Índice de Expectativas (IE), em 0,1 ponto, e no Índice da Situação Atual (ISA), em 02 ponto.

Apesar disso, o ICI está quatro pontos mais baixo em comparação ao mesmo período do ano passado. “O que puxa o índice hoje são os indicadores de sentimento do empresariado. Produção e emprego previstos estão subindo, mas o sentimento continua em baixa”, afirma a economista do Ibre, Renata Mello Franco. 

Ela explica que, em julho, os indicadores foram alavancados pela reforma da Previdência e liberação do saque do FGTS, mas não foi suficiente para animar o empresariado. 

Ainda, incerteza em relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China e à situação política e econômica da Argentina contribuem para conter o crescimento da confiança. 

Mello Franco revela que, para o empresariado, este ano está pior do que 2018. “O setor acreditou que, nesse momento, teríamos recuperação maior. Ninguém esperava por isso, todas as expectativas positivas do início do ano estão em xeque”, conclui.