A decoração de Natal já chegou às lojas em Belo Horizonte e, agora, a aproximação do 13º salário é mais uma lembrança do final do ano. Com a perspectiva do pagamento, os trabalhadores começam a planejar a destinação do dinheiro e, como tem sido tradicional nos últimos anos, pagar dívidas é o principal objetivo da maior parte das pessoas que recebem o 13º, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), divulgada nesta sexta-feira (4).
O pagamento de débitos como faturas de cartão de crédito, cheque especial e financiamento é a prioridade para 37,6% dos trabalhadores que têm direito ao 13º em BH, segundo o levantamento. Essa destinação está no topo da lista pelo menos desde 2017. Em 2022, a fatia que a elegeu como maior objetivo foi a maior desde então. Em setembro deste ano, o percentual de famílias inadimplentes no Brasil atingiu 30%, maior percentual já registrado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em segundo lugar na lista de destinos do 13º está a poupança para outros fins, que se mantém nessa posição ano após ano. Em terceiro lugar, está a vontade de realizar investimentos financeiros. Esse objetivo tomou o lugar de pagar impostos do próximo ano, o que caiu para a décima posição, atrás somente das compras de Natal. A reserva para viagens também caiu de posição: em 2021, em um momento em que os índices da pandemia permitiram o início da retomada do turismo, ela aparecia em quarto lugar. Agora, caiu para o nono. Em 2022, a quarta resposta mais escolhida foi “não sabe”.
Cerca de 52% dos entrevistados pela Fundação Ipead/UFMG afirmam que receberão 13º ou bônus similar em 2022, patamar similar ao de 2021. Confira o ranking completo de destinação do 13º dos trabalhadores de Belo Horizonte: