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Não há crise para o mercado de luxo; segmento movimenta bilhões, confira

O mercado de luxo reportou crescimento de dois dígitos no primeiro trimestre do ano, expandindo entre 17% e 19%, dizem especialistas

Por O Tempo
Publicado em 19 de agosto de 2022 | 09:51
 
 
 
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O consumo de alta renda, representado pelo mercado de luxo, é composto por uma extensão de bens e serviços, com os itens pessoais sendo o segundo maior segmento da indústria, perdendo apenas para carros de luxo. Segundo estrategistas da XP, esse mercado, focado no público de alto padrão, vem mostrando um crescimento resiliente ao longo da última década, com exceção de 2020, quando sofreu com o gargalo causado pela pandemia.

Entretanto, apesar da pior queda da história, o segmento apresentou uma recuperação em “formato V”, com uma retomada acelerada em 2021, movimentando 288 bilhões de euros em valor de produtos, se beneficiando da temporada de compras de fim de ano e até superando as projeções iniciais de 283 bilhões de euros da Bain & Company.

No começo de 2022, o aumento de demanda com a volta do consumo phygital (combinação do físico e digital), impulsionado pela eficácia das campanha de vacinas sem grandes surtos nos países ocidentais, corroborou com o bom momento do setor. O mercado de luxo reportou crescimento de dois dígitos no primeiro trimestre do ano, expandindo entre 17% e 19% em comparação com o mesmo período de 2021, significativamente acima da média do ano passado (aproximadamente 3% versus 2019, considerando a última base pré-pandemia) segundo dados da Bain & Company.

As projeções da consultoria, que é referência de estudos sobre este mercado, indicam números otimistas para o médio prazo, com expectativa que a indústria movimente entre 360 bilhões de euros e 380 bilhões de euro em 2025. “Dito isso, esperamos um incremento nas vendas das varejistas focadas no público de alta renda”, dizem os analistas da XP Jennie Li, estrategista de ações da XP e Pietra Guerra e Rafael Nobre, analistas internacionais da XP.

Crises globais, como a pandemia do COVID-19 e a recente invasão russa da Ucrânia, afetam todas as indústrias, incluindo o varejo, que reflete o poder e hábito de consumo das populações. Mas, diferentes segmentos desse setor podem ser impactados de formas variadas, segundo os analistas da XP.  

Analisando as empresas focadas no mercado de alta renda, a XP tem uma perspectiva construtiva para o segmento, favorecido pelo momento atual em que: 

  • Houve formação de poupança circunstancial durante a crise; 
  • A reabertura econômica, com a volta de eventos sociais, movimenta o setor; 
  • O consumidor de alto padrão, menos afetado pela inflação, sustenta uma demanda pouco elástica. 

 “Dito isso, esperam um incremento nas vendas das varejistas focadas no público de alta renda, que devem continuar apresentando crescimento dos números”, completam Jennie Li, Pietra Guerra e Rafael Nobre.

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