Parceria com startups leva empresas instaladas em MG a economizarem milhões

Nove em cada dez empresas com presença na indústria mineira buscam parcerias com startups - empresas jovens de inovação - para tentar encontrar alternativas mais modernas e tecnológicas para o aperfeiçoamento da produção. Esta é a conclusão de um estudo do Conselho de Tecnologia e Inovação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e do Sindicato das Indústrias de Software do Estado (Sindinfor), feito com 230 indústrias e organizações já imersas em práticas de inovação. 

Em Minas, ArcelorMittal, MRV, VLI e Gerdau estão entre as gigantes que buscam parcerias com essas empresas inovadoras. A construtora Andrade Gutierrez, por exemplo, contratou a startup Magalhães Gomes e conseguiu reduzir o desperdício e o consumo de cimento em 4% ao usar um novo sistema tecnológico.

A mineradora Vale também se beneficiou de uma parceria com a startup LLK, que apresentou uma solução para defeitos em correias que transportam minério. Com o sistema da LLK, o rompimento de uma correia foi detectado em apenas um segundo, garantindo uma economia de milhões de reais para a Vale. 

Um outro exemplo é ligado ao grupo automotivo Stellantis, que contratou a startup Phygitall para desenvolver um sistema de monitoramento da produção de veículos. Com esse dispositivo, a Stellantis foi capaz de analisar as atividades por turno, modelos
e linhas de produção para compará-las e realizar ajustes na equipe.

“Ao desenvolver relacionamento com startups, as indústrias têm acesso imediato a inovações disruptivas e tecnologias de ponta, ainda que em estágio inicial, para validação. Segundo dados da McKinsey, empresas que investem em desenvolvimento de inovação e novas tecnologias têm uma taxa de crescimento até 47% superior à média do mercado, consolidando uma vantagem competitiva substancial”, afirma Fábio Veras, presidente do Conselho de Tecnologia e Inovação da Fiemg e do Sindinfor.

Startups

A startup é uma empresa jovem, que está iniciando no mundo dos negócios, e por isso precisa de investimentos externos para explorar algo novo, diferentemente de outras empresas que costumam duplicar aquilo que já foi produzido antes.

Outra diferença da startup para as outras empresas é a velocidade de crescimento buscada por ela. A startup tenta crescer mais rapidamente por meio do aprimoramento de produtos ou serviços e da avaliação de como se deu o uso, por meio de feedback.

Outros dados da pesquisa

O levantamento da Fiemg e do Sindinfor também mostrou o perfil das empresas da indústria mineira que buscam parcerias com startups. Das 230 companhias consultadas, 59% são de grande porte; 27% de médio porte; e 14% de pequeno porte.

Além disso, 48% das empresas apontaram que o principal desafio nesse processo é encontrar startups qualificadas e fazer a seleção; 38% citaram a dificuldade em contratar a startup e efetivar a parceria; 10% não encontraram dificuldade nesse processo; e 4% tiveram problemas na fase da prova de conceito.