Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, ganhou a primeira fábrica de equipamentos de ressonância magnética da América Latina, inaugurada ontem pela Philips, empresa holandesa que atua em 84 países. No Brasil, a Philips tem sete fábricas, sendo três em Minas Gerais, duas localizadas em Varginha, no Sul do Estado. Além de aparelhos de ressonância magnética, a fábrica de Lagoa Santa também produzirá aparelhos de tomografia computadorizada. Ela está localizada às margens da Linha Verde, logo após o trevo de Lagoa Santa, próximo ao aeroporto de Confins.

Lá funcionava a VMI Sistemas Médicos, comprada pela holandesa por ser líder no mercado em equipamentos de diagnóstico por imagem, popularmente conhecidos como aparelhos de raio X. A fábrica passou por uma reestruturação, e agora produzirá também os aparelhos de ressonância magnética e de tomografia computadorizada da Philips, além dos aparelhos de sua linha tradicional, entre eles, o mamógrafo digital e o aparelho de cateterismo.

O investimento foi de U$ 300 milhões, somando-se à compra desta unidade a aquisição da empresa Dixtal, de São Paulo, que também é do segmento equipamentos de saúde. "Esta é a primeira fábrica de ressonância magnética da Philips fora do eixo Europa-Estados Unidos, pois estamos redirecionando nossos investimentos em saúde para os países emergentes.

O foco será o mercado interno, mas também o Mercosul expandido, em que incluímos Colômbia e Venezuela. Acreditamos que o setor de saúde ainda deverá crescer muito no Brasil, pois há carência neste tipo de aparelhagem, principalmente no setor público. O mercado brasileiro absorve cerca de 120 máquinas de ressonância magnética por ano. Dominamos de 30% a 35% desse mercado", observa Daurio Speranzini Júnior, vice-presidente de Cuidados com a Saúde da Philips para a América Latina.