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Preço da cesta básica em Belo Horizonte cai para menor patamar desde 2022

Gasto com alimentação, no entanto, ainda representa mais da metade de um salário mínimo; variação negativa foi puxada, principalmente, pela batata inglesa


Publicado em 05 de outubro de 2023 | 15:47
 
 
 
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O preço da cesta básica em Belo Horizonte caiu para o menor patamar desde agosto de 2022. Entre agosto e setembro de 2023, a cesta teve uma variação negativa de 0,92%, ficando em R$ 672,11 (em agosto de 2022, a cesta era R$ 667,11). Ainda assim, a cesta custa o equivalente a 50,92% do valor de um salário mínimo. Neste mês, o item que mais contribuiu para a queda foi a batata inglesa, que teve uma variação negativa de 11,91%.

Os dados são da pesquisa conduzida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). De acordo com a pesquisa, em 2023, o custo da cesta básica em BH caiu 5,53% e nos últimos doze meses, queda de 0,88%. 

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, seis apresentaram queda do preço médio e sete apresentaram elevação neste mês. Os itens com maior variação negativa no preço médio, além da batata, foram o chã de dentro (-3,15%) e a farinha de trigo (-1,98%). Já as maiores variações positivas de preços foram no tomate (3,71%), no arroz (3,43%) e no leite (2,30%).

Confira a seguir as variações dos itens da cesta básica em setembro:

Chã de dentro (-3,15)
Batata inglesa (-11,91) 
Manteiga (-1,18)
Banana caturra (-0,70)
Farinha de trigo (-1,98) 
Óleo de soja (-0,71)
Café moído (0,06)
Açúcar cristal (0,19) 
Feijão carioquinha (0,94)
Arroz (3,43)
Pão francês (0,87)
Leite (2,30)
Tomate (3,71)

Inflação fechou setembro em alta

A pesquisa do Ipead, que também mede a inflação das famílias belo-horizontinas, revela, no entanto, que Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de setembro com aumento de 0,80%. Em agosto, o IPCA havia apresentado queda de -0,30%. A elevação do IPCA está relacionada à alta do preço médio dos itens “Automóvel novo” e “Gasolina comum”, com variações de, respectivamente, 5,30% e 4,96%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), que considera os gastos das famílias com renda de até 5 salários mínimos, experimentou uma alta de 0,89%. Em comparação com agosto, o IPCR de BH acelerou significativamente, passando de uma variação de -0,59% para os atuais 0,89%. No caso do IPCR, o maior aumento observado foi de 1,71% nos preços de “Alimentos em Elaboração Primária”.

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