"Estamos operando normal. Não há nenhuma negociação ou previsão de descontinuidade das lojas", afirmou Euler Fuad Nejm, fundador e presidente do Grupo Supernosso sobre a entrega de 16 imóveis alugados do Carrefour ao grupo DMA (dono do Epa), hoje ocupados por sua marca. A reportagem de O Tempo conversou com o executivo nesta terça-feira (17/10), durante a abertura do Superminas Food Show 2023, que é realizado no Expominas em Belo Horizonte.
Por enquanto, todas as lojas de Belo Horizonte que eram operadas pelo Carrefour até 2019 e depois passaram a ser administradas pelo Supernosso, devido a um acordo entre os dois grupos supermercadistas, permanecem como estão.
Segundo Nejm, após a divulgação da entrega dos imóveis, ele precisou percorrer unidade por unidade e tranquilizar os funcionários, que já estavam preocupados pensando que perderiam seus empregos. "Eles devem estar morrendo de medo, né? Cria um ambiente de insegurança que não existe", afirma.
Segundo o executivo, os planos deste ano são, na verdade, de expansão da marca. "Este ano ainda a gente abre um Supernosso no Shopping Del Rey e duas unidades do Apoio Mineiro, uma em Lagoa Santa e outra em Venda Nova, região Norte de Belo Horizonte", diz.
Segundo ele, com as novas lojas, 400 empregos diretos devem ser gerados, fora outros 400 postos que ainda não foram preenchidos. "O investimento nas três lojas deve ser de R$ 50 milhões", detalha. A previsão de crescimento do faturamenro do grupo neste ano é de 10%, segundo Nejm.
Em 2019, o Supernosso firmou uma parceria com o Carrefour e assumiu as unidades, que a rede francesa anunciou recentemente que seriam devolvidas ao grupo DMA.
O parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que aprovou a operação, lista os endereços que serão afetados.
Confira:
- praça Deputado Renato Azeredo, 22, Sion;
- avenida Amazonas, 5.320, Centro;
- avenida Prudente de Morais, 374, Cidade Jardim;
- rua Ceará, 1.700, Funcionários;
- rua Dom José Pereira Lara, 33, Coração Eucarístico;
- avenida do Contorno, 1.341, Floresta;
- rua Antônio de Albuquerque, 1.080, Funcionários;
- rua Guajajaras, 11, Centro;
- avenida Marquês de Valença, 170, Gutierrez;
- avenida Barão Homem de Melo, 50, Nova Suíça;
- alameda das Princesas, 245/301, São Luiz;
- avenida Dom Pedro II, 2.930, Carlos Prates;
- rua Rio Grande do Sul, 1.019, Santo Agostinho;
- rua São Paulo, 957, Centro;
- rua Venezuela, 455, Sion.
Em nota oficial, o Carrefour Brasil informou que as lojas de supermercado em questão já não operavam sob nenhuma bandeira do Grupo e que, cumpridas determinadas condições, dará andamento à devolução dessas unidades para o proprietário dos imóveis.
"Reforçamos que Estado de Minas Gerais é uma praça estratégica e conta com 18 lojas do Grupo distribuídas por todo o estado, sendo 7 Lojas Hipermercado Carrefour, 10 Atacadão e 1 Sam’s Club, além de postos e drogarias que continuarão com seu funcionamento normal", acrescentou a empresa em nota à reportagem de O Tempo.
(Com Gabriel Rodrigues)