Pelo menos treze relógios de grife foram levados durante o roubo à joalheria Manoel Bernardes, no BH Shopping, no último sábado (9). Ainda não se sabe o destino dos ladrões, que conseguiram fugir da polícia, mas, para o vice-presidente da Associação dos Joalheiros, Empresários de Pedras Preciosas, Relógios e Bijuterias de Minas Gerais (Ajomig), Raymundo Vianna, aposta que os itens serão recuperados.
“Posso garantir que essa mercadoria será recuperada. Esses relógios têm um sistema de fábrica de identificação a partir de uma codificação. Em qualquer lugar em que forem comercializados, as pessoas poderão identificá-los. Teria que ser um mercado muito paralelo para não serem”, afirma.
Vianna diz que o roubo foi um ponto “muito fora da curva” na história recente das joalherias em Minas Gerais. Ele explica que os cerca de 400 associados à Ajomig utilizam o serviço de uma central de segurança, que tem ligação direta com a Polícia Militar, por isso a ocorrência de um roubo é identificada rapidamente. “Fazemos cursos de segurança. O que ocorre é que, se uma pessoa entra armada, a orientação é não reagir em nada. Já pensou em um tiroteio no shopping? A vida é muito mais importante do que um produto material”, completa.
Por que os relógios roubados são tão caros?
O vice-presidente da Ajomig, Raymundo Vianna, explica que o valor dos relógios Rolex que foram roubados, avaliados em até R$ 1,3 milhão, vai além do material das peças. “Eles ainda são feitos artesanalmente, então o valor está na máquina. Se o ladrão derrete isso, não consegue quase nada, as máquinas são apenas aço. O valor não é material”, diz.
Devido ao alto valor das peças, Vianna explica que a maior parte dos clientes das principais joalherias da cidade prefere comprar à distância a frequentar as lojas presencialmente. “As pessoas compram a partir de catálogos, que vêm da Suíça e são muito fiéis aos produtos. Hoje, as joias são o único produto que valoriza com o tempo. Além de satisfazerem o ego, são um investimento”, conclui.